“Cyberpunk” é um subgênero de ficção científica popular na área de literatura e no âmbito cinematográfico. Ele consiste na representação de um futuro próximo distópico e ambienta-se, comumente, em cidades grandes destruídas e dominadas pela violência. Análogo a dada casta narrativa, percebe-se crescimento contínuo da taxa de violência nas metrópoles. Conquanto hajam múltiplos fatores responsáveis por este fenômeno, todos conectam-se — indireta ou diretamente — ao estilo de vida urbano. Nota-se que a forma de viver em cidades sustenta e normaliza problemas psicológicos e sociais que corroboram a disseminação de violência urbana.
Em primeiro plano, há os efeitos mentais em indivíduos provenientes das relações no meio urbano. Como evidenciado pelo sociólogo alemão George Simmel, a maioria das interações cotidianas em metrópoles são socializações frias que não constroem laços significativos e baseiam-se em relações entre vendedor — seja o produto um objeto concreto ou um serviço — e consumidor. Tal carência de conexões afetivas secunda no desenvolvimento da indiferença dos moradores das cidades grandes àqueles ao seu redor, denominado de Atitude “Blasé” por Simmel. Quando levado aos extremos, este comportamento cultiva transtornos psicológicos gravíssimos, tais quais sociopatia, narcisismo entre outros que possuem raízes no Transtorno de Personalidade Antissocial. Sendo assim, pessoas com estas condições apresentam níveis elevados de apatia e são mais suscetíveis a cometer crimes hediondos irracionalmente. Destarte, o modo de vida urbano propicia o crescimento de agressividade em quem vivencia nestas áreas.
Por outro ângulo, a desigualdade social é outro agente que contribui para as ocorrências frequentes de violência urbana. O desiquilíbrio de condições sociais em cidades remete-se ao início de sua história. Em razão do massivo êxodo rural durante o nascimento dos centros urbanos brasileiros e a falta de infraestrutura para acomodar todos os que chegassem às metrópoles, houve o crescimento de favelas, onde habitavam os mais pobres; e as divergências entre as classes alta e média e a classe baixa só agravaram-se desde então. Em decorrência às más condições de vida somadas à cultura de ostentação incentivada pela ideia celebrada no capitalismo de que sucesso corresponde a bens materiais de luxo, é rotineiro presenciar ou ser vítima de crimes de roubo, assalto, ou semelhantes. Além destes incluírem a brutalidade como meio de intimidação, há, paralelamente, a violência policial. Como justificativa, os oficiais clamam que eles agem de forma proporcional à agressividade dos bandidos. É irrefutável que isto só aumenta a hostilidade nas periferias e favelas.
Analisados os fatores, é evidente que a violência urbana não amenizará enquanto o estilo de vida urbano não mudar. Em relação ao primeiro agente exposto, o Ministério de Saúde deve incentivar as consultas de rotina a psicólogos e psiquiatras, por meio de propagandas em pôsteres, panfletos e canais televisivos, a fim de garantir que todos tenham saúde mental de qualidade. Empresas privadas podem ajudar ao oferecer exames anuais gratuitos aos seus empregados. À segunda problemática, a Polícia Civil precisa instruir seus policias a agirem de formas menos radicais em operações para combater a criminalidade e diminuírem tanto a violência criminal quanto a policial. Realizadas estas ações, a violência urbana abrandará e as metrópoles tornar-se-ão ambientes mais pacíficos.
Agradeço desde já pela correção!
Thiago De Souza Silva
Meu querido!
Sua redação é , irrefutavelmente , nota :1000
Eu procurei aqui erros dos mais simples aos mais complexos e não os encontrei !
Colocação pronominal muito padrão
Uso da norma culta impecável
Acentuação gráfica SHOW
Regência e concordância nominal também !
Meus parabéns !