Promulgada pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 1948, a Declaração Universal dos Direitos Humanos prevê a todos os indivíduos o direito à saúde. Contudo, no Brasil, a falta de medidas que difundem a doação de órgãos impede que esse direito seja plenamente evidenciado. Nesse sentido, a ausência tanto de consciência da população, quanto de ações que assegurem o bem-estar de pessoas necessitadas se mostram como atenuantes para essa questão.
Em primeiro lugar, cabe avaliar que a inconsciência da população sobre a necessidade da realização da doação de órgãos é um dos principais fatores que contribuem com o impasse. Nesse sentido, o filósofo e sociólogo Karl Marx afirmou que é o indivíduo quem determina a consciência e não o contrário. Assim, a falta dela na população corrobora a problemática, uma vez que essas pessoas tendem a desconhecer a importância da doação de órgão para assegurar não apenas o bem-estar do recebedor, mas também a vida. Tal fato é demonstrado no seriado “O Bom Doutor”, disponível na Globoplay, em que, devido a demora para receber um fígado, um dos pacientes do Dr. Shaun vai a óbito. Entretanto, isso não se restringe à ficção e, da mesma forma como relatado no programa televisivo, muito indivíduos perecem em virtude do longo prazo para receber os órgãos.
Ademais, é possível observar também que a falta de difusão sobre a importância de doar órgão é um dos agravantes para essa questão. Isso evidencia uma quebra do Contrato Social, proposto por Thomas Hobbes o qual a firma que é dever do Estado manter a ordem e assegurar os direitos dos cidadãos. Entretanto, o atual contexto mostra-se distante dessa realidade, pois a necessidade de doar órgãos não está sendo devidamente assegurada. Configurando, destarte, uma incompatibilidade não somente com a ideologia de Hobbes, como, da mesma forma, com a Constituição Federal de 1988 que assegura a todos os indivíduos o direito à vida.
Infere-se, portanto, que medidas sejam tomadas para difundir a doação de órgãos no Brasil. Logo, compete ao Estado – como garantidor dos direitos dos cidadãos – incentivar a doação de órgãos, por meio da criação de campanhas nas escolas e nas mídias sociais que fomentem a população a se intitularem como doador. Essa ação tem como objetivo não apenas conscientizar os habitantes, mas também disseminar a doação de órgãos como algo positivo. Dessa forma, espera-se que os direitos à saúde e à vida sejam devidamente assegurados, da mesma forma como antes almejado pela ONU e pela Constituição Federal.
Se possível corrigir por nota.
Se quiser que eu corrija de volta, deixe o link por favor
bicodeviuva
👉 introdução é boa, tá bem no formato de uma boa redação. Contextualiza, problematiza, tese e encaminha o projeto de texto.
👉 O D1 é muito bom, mas vi um erro que os professor da Escrever Online (correção premium) me chamaram essa semana: Precisa retomar um repertório nos parágrafos seguintes. Nesse caso foi o karl marx que não vi ser retomado. No entanto, boa argumentação
👉 Achei essa citação do contrato social pouco produtiva/meio forçada/um pouco jogada no contexto. Porém, vi que você retoma o repertório , o que é bem legal para a estrutura do texto.
👉 Acho que até 2016, quando os parâmetros de correção não eram tão abertos e divulgados, alguns termos e construções eram cabíveis. Entretanto, nas edições mais recentes, creio que dizer COMPETE AO ESTADO é algo clichê. O ideal seria realmente expor qual agente estatal vai realizar a ação.
Ademais, gostei bastante da intervenção, completa e tem todos os pontos essenciais para um C5 200.
malusf
9,5/10
Faltou paragrafação
“disponível na Globoplay, em que,”-> “disponível na Globoplay. Nele,”
“da mesma forma, com a Constituição” muito espaçamento
“Federal de 1988 que assegura a todos os indivíduos o direito à vida.”-> vírgula antes do “que”
Gostei muito da redação :) com essa correção vou conseguir os pontos necessários para postar o meu texto, ficaria grata se entrasse no meu perfil e avaliasse também!