Tema: “A saúde mental em questão no Brasil.”

Na obra “O grito”, do pintor Edvarch Munch, a representação dos medos e das angustias, através de formas distorcidas de pintura, pode ser comparada aos sofrimentos psicológicos de certa parcela da população no que tange à questão da saúde mental no Brasil. Nesse sentido, é lícito postular que não só ansiedade atinge grande parte dos brasileiros, como também a depressão, considerada o mal do século XXI e, por isso, medidas fazem-se imprescendíveis com o fito de combatê-las.
A princípio, é notório observar que as redes social exercerem grande influência sobre o indivíduo que, por sua vez, espelha-se no que vê nelas e se sente ansioso, cada dia mais, para atingir seus objetivos. Isso pode ser evidenciado pela teoria do filósofo Guy Debored, o qual defende, em seu livro “Sociedade do Espetáculo”, que a mídia, propagadora de moldes de perfeição, tem grande influência sobre gostos e comportamentos analisados, por exemplo, pelos jovens nas redes sociais. Logo, quando a vida real é comparada com a virtual – perfeita à vista da maioria -, os adolescentes que não possuem o que veem na internet se sentem mais ansiosos para conseguirem aquilo a que almejam, o que gera baixa autoestima e angústias.
Ademais, a depressão, uma tristeza profunda, afeta infelizmente grande parcela da população, sobretudo, nesta pandemia de COVID-19. Segundo um estudo feito pelo Instituto de Psicologia da UERJ, os casos de depressão, patologia que leva geralmente ao suicídio, aumentaram nesta pandemia, devido ao isolamento social, o que fez os cidadãos ficarem mais solitários e com tristeza profunda em suas casas. Sendo assim, vê-se que boa parte dos brasileiros não estão em estabilidade emocional. Dessarte, para que a máxima do filósofo Platão de que viver bem é o mais importante esteja presente na sociedade, medidas são essenciais para garantir o bem-estar à população.
Portanto, diante das mazelas que afetam o psicológico do homem, cabe ao Ministério da Saúde, por meio da verba governamental, a qual é suficiente, ampliar o número de psicólogos nos postos de saúde, a fim de que especialistas possam atender aos necessitados. Esse atendimento pode ser on-line, devido à pandemia, ou presencial, modalidade mais eficaz. Além disso, é essencial que, no laço familiar, onde há uma maior intimidade, sejam abordados problemas psicológicos, deixando de lado o tabu. Assim, haverá a possibilidade de ajuda àqueles necessitados, com acolhimento. Dessarte, minimizar-se-á a tristeza retratada por Edvard Munch em “O grito”.