SISTEMA BRAILE: A IMPORTÂNCIA DA SUA DEMOCRATIZAÇÃO PARA OS CEGOS

A Mattel, empresa americana de brinquedos, lançou uma linha de bonecas com deficiência para promover a inclusão. Similarmente, apesar de já existir grandes influências de respeito às diversidades, infelizmente, na realidade atual brasileira, a ausência do acolhimento às divergências ainda é uma problemática a ser discutida, o que dificulta o processo de democratização do ensino para as pessoas que necessitam do sistema braile. Nesse viés, a falta de educação e a ausência de capacitação profissional impulsionam essa problemática.

Primeiramente, fica evidente que a carência de educação no país é uma das questões mais recorrentes da sociedade. Conforme o art. 27 da Lei Brasileira de Inclusão – A educação é direito da pessoa com deficiência, com sistema educacional inclusivo em todos os níveis e ao longo da vida, buscando desenvolver seus talentos e habilidades físicas, sensoriais, intelectuais e sociais, conforme suas características, interesses e necessidades de aprendizagem”. De maneira contrária, muitos grupos desenvolvem preconceito em relação às pessoas com deficiência visual, o que dificulta ainda mais a inclusão educacional e social desses indivíduos. Dessa forma, enquanto esse preconceito se perdurar, infelizmente, a sociedade enfrentará desafios para a plena democratização do sistema braile.

Paralelo a isso, a ausência de capacitação profissional tem relevância nesse cenário de educação inclusiva. Segundo a filosofia de São Tomás de Aquino: “Todos os indivíduos de uma sociedade democrática possuem a mesma importância, além dos mesmos direitos e deveres”. Todavia, percebe-se que, na sociedade brasileira, as pessoas que possuem algum tipo de deficiência vivem à margem da população, dado que são grupos totalmente desfavorecidos no processo de formação educacional do país. Dessa maneira, é inaceitável a permanência dessas lacunas no atual cenário brasileiro, tendo em vista a sua repercussão negativa na construção de uma sociedade igualitária.

Portanto, é evidente que essa realidade exige mudanças significativas. Para isso, é responsabilidade do Estado,  promover a democratização do sistema braille e a capacitação profissional para pessoas com deficiência, através de políticas públicas efetivas, de modo que elas possam ser devidamente incluídas na sociedade, a fim de progredir em direção a uma sociedade mais justa, inclusiva e igualitária para todos.