Robôs: num mundo com eles, o emprego corre risco?

A tecnologia é o estudo de técnicas e métodos que possuem o objetivo de executar tarefas e resolver problemas. Apesar de os recursos tecnológicos desempenharem papel importante em diversas áreas da sociedade, principalmente no âmbito industrial, o que se percebe é uma gradual substituição da força de trabalho do homem por máquinas que ele mesmo criou; por isso, os empregos atuais encontram-se ameaçados de extinção. Dentre tantos aspectos relevantes à questão, cabe a análise de pontos positivos e negativos dessa nova realidade social.

Inicialmente, podem ser observados aspectos favoráveis à implantação robótica. Sabe-se que o aumento da mecanização significa, quase que instantaneamente, melhora na produtividade e encurtamento de gastos, o que é considerado ótimo para os empresários capitalistas. Tal fato pode ser observado na 4ª Revolução Industrial vivenciada nos tempos de hoje, em que o aumento da inteligência artificial e da computação cognitiva são primordiais para uma empresa que busca uma colocação significativa frente à concorrência. De fato, a robotização em massa tem gerado grandes lucros às empresas, principalmente em países investidores em tecnologia de ponta, como Japão, EUA e Canadá. Isso pode ser apontado, a médio e longo prazos, como um impacto favorável no setor econômico dessas nações.

Em contrapartida, há obstáculos quanto à robotização. Dentre eles, destaca-se o óbvio aumento do desemprego, haja vista que a mão de obra humana torna-se dispensável, principalmente em categorias de trabalho cujos requisitos primários são emprego de esforço físico e repetição de atividades. Com efeito, isso gera a desvalorização profissional, financeira e emocional dos empregados, os quais investiram tempo e dinheiro em suas carreiras de outrora. Nesse contexto, cabe destacar que a Constituição Federal garante o direito de o trabalhador ser protegido em face da automação; portanto, a ineficiência do cumprimento da Lei, em relação aos direitos dos cidadãos, gera um sentimento de injustiça social. Além disso, como consequência direta do desemprego, pode-se acrescentar o aumento do comércio informal, que se caracteriza pelas atividades realizadas sem registros oficiais, como carteira de trabalho e emissão de notas fiscais. Dessa forma, nota-se que esses fatores são prejudiciais à economia do país, pois representam diminuição do poder de compra da população e do PIB nacional e, ainda, contribuem para um quadro de desequilíbrio socioeconômico.

Portanto, a contínua troca do indivíduo por máquinas afeta a produção empresarial de forma positiva, mas causa muitos efeitos negativos ao pessoal. Dessa forma, urge que o Governo Federal crie programas de proteção ao trabalhador e, ainda, faça a fiscalização periódica deles, a fim de que as empresas, focando somente no lucro, não venham a prejudicar a segurança e a estabilidade de seus empregados, principalmente em tempos tão incertos como os atuais.