Redução da maioridade penal: menores infratores por trás da desigualdade

No contexto social brasileiro, maioridade penal é um termo muito preocupante e abrangente, com vários caminhos e desafios a se pensar. Grande parte da sociedade tem admitido a redução da maioridade penal como um caminho viável e de melhor qualidade, entretanto, devemos analisar os extremos para vermos que a redução da maioridade penal não é o melhor caminho para ser tomado.
Em 1998, a constituição Federal impôs que é dever do poder público e da sociedade geral garantir o bem estar social da criança e adolescente. Apesar disso, é claro que a desigualdade social interfere gradativamente nas escolhas e estilo de vida dos adolescentes, fazendo assim, os tornarem menores infratores por questão de sobrevivência. Segundo o IBGE, a pobreza no Brasil teve um aumento gradativo e a extrema pobreza para aqueles que vivem com R$140 reais mensais teve um aumento de 6,6 para 7,4 no solo brasileiro em um curto período. Por essas razões, o índice de criminalidade conduzida por menores de 18 anos teve um absurdo aumento nos últimos anos, na maioria dos casos, esses menores infratores entraram para o mundo do tráfico para sobreviver.
Em contrapartida, o Brasil tem um dos índices mais altos de Superloteamento dos presídios, não tendo alas para muitos presos, a capacidade são para 437.912, mas existem cerca de 729.949 presidiários. Por essas razões, se a maioridade penal fosse para 16 anos, não teria lugar para colocarem muitos desses jovens, fazendo assim uma cela que seria para 10 presos, teria no mínimo 18 indivíduos, quase o dobro.
Pode-se dizer, portanto, que a redução da maioridade penal não seria um feito a acrescentar coisas boas, muitos jovens poderiam ficar bem mais agressivos do que vivendo no Estatuto da criança e adolescente (ECA), pois muitos poderiam não ter devido psicológico para tal coisa. E cabe ao dever público honrar os direitos das crianças e adolescentes, garantindo a eles uma boa educação, e investimento na saúde e área de trabalho. Tendo esses princípios, e a educação dos responsáveis, a criminalidade por esses menores infratores teriam uma boa redução.