Redação enem – tema: Desafios para o desenvolvimento sustentável

Na animação infantil “Wall-E” é retratado um país que se tornou inabitável, em razão da poluição e do esgotamento de recursos naturais, os quais foram ocasionados pelo homem. Não distante da ficção, percebe-se, hodiernamente, a semelhança entre o filme e a realidade ambiental, pois há uma pouca priorização do desenvolvimento sustentável. Nesse sentido, ausência de um ensino defensor da sustentabilidade e o insuficiente incentivo governamental são desafios para atenuar a problemática.
A princípio, deve se considerar o pensamento do estudioso Paulo Freire, o qual disserta sobre a atual educação agir como um banco por somente depositar fórmulas e conceitos, ao invés preparar seus alunos para problemas sociais. Sob essa análise, nota-se, na realidade brasileira, uma similaridade entre a premissa e o ensino do país, pois pouco se discute e leciona acerca da sustentabilidade. Isso ocorre porque os centros educacionais priorizam algumas matérias, como as cobradas em vestibulares e concursos, em detrimento da ministração de aulas com a temática da infraestrutura inteligente e das soluções sustentáveis. Consequentemente, danos surgem, por exemplo, a ineficiência na preservação da natureza e a perpetuação da poluição.
Ademais, vale destacar a Constituição Federal de 1988, a qual assegura a todos o direito ao meio ambiente equilibrado e preservado. Entretanto, percebe-se, na contemporaneidade brasileira, o descumprimento dessa diretriz constitucional, em razão dos expressivos dados de queimadas e desmatamento no território nacional. Isso acontece porque há uma insuficiente fiscalização das ações realizadas pelos órgãos públicos, o que permite a execução do pouco incentivo governamental para soluções e pautas sustentáveis, além de colaborar para o não cumprimento da legislação. Por consequência, outros problemas surgem, como a adulteração do meio natural sem haver punição e a diminuição da diversidade ambiental.
Portanto, é necessário que medidas resolutivas sejam tomadas, a fim combater os desafios para o desenvolvimento sustentável. Para isso, cabe ao Ministério da Educação, responsável por qualificar o ensino brasileiro, adequar o currículo estudantil à sustentabilidade, por meio da ministração de aulas acerca da importância da natureza e da necessidade da instauração de uma infraestrutura inteligente, com intuito de tornar a educação do país defensora de ideais sustentáveis. Cabe, também, ao Poder Legislativo promover uma fiscalização mais rígida e punitiva das ações dos órgãos públicos, com a finalidade de atenuar o descumprimento das diretrizes constitucionais. Assim, com essas ações em prática, a contemporaneidade não se assemelharia às consequências drásticas do filme infantil.