Problemas das grandes cidades brasileiras

A década de 50 no Brasil foi marcada pela migração de grande parte da população para as áreas urbanas em virtude da crescente industrialização que ocorria. Com esse deslocamento, vários problemas começaram a surgir, uma vez que não houve o devido planejamento do governo, refletido atualmente na má gestão de recursos, que acarreta na redução da qualidade de vida da maior parte da sociedade. Assim, faz-se necessária a tomada de medidas para atenuar o entrave.

A priori, é indubitável que há uma deficiente distribuição de recursos essenciais para os brasileiros. Parafraseando Tomas Hobbes, “o Estado é responsável por garantir o bem estar social”, responsabilidade esta que é negligenciada, uma vez que recursos exorbitantes dos impostos arrecadados vão para os próprios governantes e seus tantos auxílios desnecessários, ou para pagamento de dívidas que sempre crescem, em detrimento da manutenção e melhoria de serviços públicos essenciais.

Ademais, o imbróglio incita o crescimento de problemas que reduzem a qualidade de vida da população, como violência, falta de moradia digna, e deficiência na saúde e na educação. No livro “Quarto de Despejo”, a autora Carolina Maria de Jesus, moradora de uma favela em São Paulo, reflete a situação daqueles abandonados pelo Estado, mostrando como estes têm que conviver com a fome, com trabalho precário e informal, e falta de saúde e educação, por exemplo. Embora a obra seja da década de 60, mostra-se muito atual por exibir o descaso governamental e o quão urgente é a solução do transtorno.

Infere-se, portanto, que os problemas das grandes cidades serão combatidos através de uma melhor gerência do dinheiro público. Assim, urge que o Ministério da Economia fiscalize melhor a Lei de Incentivos Fiscais, por meio da revisão da mesma e da criação de uma Comissão Fiscalizadora, com a finalidade de que essa verba chegue, de fato, aos projetos sociais, e parte dele seja direcionado para o pagamento das dívidas nacionais. Além disso, o Ministério da Educação deve criar uma plataforma de educação fiscal e fiscalização popular, por meio da internet e das redes sociais, como forma de conscientizar e contar com a população como agentes de fiscalização do próprios impostos. Assim, os problemas surgidos com o êxodo dos anos 50 podem ser melhor reduzidos.