Problemas da mobilidade urbana no Brasil

Sabe-se da importância da dinâmica de deslocamento dentro ou entre cidades no Brasil. Contudo, a negligência governamental e o ritmo de vida acelerado da população são fatores que geram problemas à mobilidade urbana. Assim sendo, é fundamental neutralizar tais empecilhos para melhorar o movimento nos centros urbanos e garantir a plena harmonia social.

De acordo com a obra “Cidadão de Papel” de Gilberto Dimenstien, o homem é tido como “de papel” por que detêm de diversos direitos assegurados em documentos, porém na prática eles não são cumpridos. Paralelamente a isso, nota-se que direitos básicos da Constituição de 1988 como igualdade e transporte não estão sendo consolidados na realidade brasileira. Essa constatação pode ser feita na medida em que, o Governo não tem planejamento e controle do uso do solo urbano e logística eficiente. Como consequência, algumas pessoas levam horas para chegar em seu trabalho, e a oferta de transporte coletivo se torna insuficiente, como exemplo disso ônibus vivem superlotados e acarretam o descontrole do transporte público.

Ademais, o ritmo de vida acelerado das pessoas também é um fator que prejudica a mobilidade urbana. Segundo o conceito do filósofo Zygmunt Bauman, o mundo vive a modernidade líquida, onde as relações e o tempo transcorrem cada vez mais rápido e devido a isso o indivíduo vive procurando velocidade para realizar suas tarefas. Desse modo, percebe-se que cada vez menos o transporte coletivo é utilizado e as pessoas preferem usar seus automóveis, por conseguinte as grandes cidades enfrentam diariamente congestionamento do trânsito, em razão do grande número de veículos e a taxa de acidentes causados por alta velocidade cresce.

Portanto, é necessário que o Governo tome providências afim de atenuar os problemas da mobilidade urbana no país. Por meio de investimentos nas áreas de logística, transporte e campanhas que incentivem o uso do transporte coletivo, essas campanhas devem também conter o aumento da frota de automóveis públicos e melhor planejamento das rotas urbanas, para que torne igualitário o direito do transporte. Desta forma, os direitos serão assegurados a população e a obra de Gilberto Dimenstein deixará de ter semelhança com o cenário brasileiro.