A obra “Os Miseráveis”, de Victor Hugo, retrata a injustiça social sofrida na França do século XIX. Fora da ficção, no Brasil, percebe-se um contexto semelhante ao da trama: a injustiça impera no que tange os principais desafios para a inclusão educacional e aceitação social da pessoa autista, criando, na realidade, uma problemática intensificada devido à negligência governamental e à ausência de debate sobre o tema.
Sob esse viés, é evidente como a negligência governamental é uma das razões pelas quais o problema persiste. Consoante ao discurso do autor Ailton Krenak, o governo é responsável por naturalizar a condição miserável encarada pelos grupos vulneráveis. Desse modo, observa-se a persistência da falta de inserção educacional e admissão social, sobretudo, relacionado à pessoa autista na sociedade brasileira. Nesse sentido, as críticas de Krenak se fundamentam, pois o Estado Brasileiro não promove políticas públicas eficazes com o intuito de mitigar tais obstáculos.
Ademais, nota-se ainda a ausência de debate como fator extenuante do problema. Segundo o filósofo Michel Foulcault, na sociedade pós-moderna, existem temas silenciados para que as estruturas de poder sejam mantidas. Sob essa ótica, pode-se afirmar uma ausência de debate sobre métodos de incorporação educacional e aceitação social do autista, haja vista que o país apresenta um histórico de segregação ligado aos grupos minoritários. Logo, não promover um diálogo sério e massivo sobre o tema aumenta significativamente a dificuldade para sua resolução.
Portanto, urge que o Governo Federal, por meio do Ministério da Educação, crie programas educacionais, a fim de proporcionar a inclusão do autista no ambiente escolar. Tal ação deve ser amplamente divulgada nas redes sociais – Facebook, Instagram, Twitter -, com o objetivo de promover debates sobre a temática e incentivar ações ligadas à integração do autista na sociedade. Assim sendo, espera-se que a igualdade esteja presente nas relações entre pessoas do espectro, distanciando-se da realidade apresentada na obra de Victor Hugo.
Por favor, corrijam e pontuem de acordo com as Competências do ENEM, se possível.
isah_martin
Olá!
Primeiro parágrafo bem estruturado, com tese, repertório cultural e contextualização do tema, porém tem um ponto que acho que pode se aperfeiçoar. Na parte “Fora da ficção, no Brasil, percebe-se um contexto”, acho que poderia ficar “Com isso, percebe-se no Brasil, fora da ficção, um contexto.
Desenvolvimento muito bem trabalhado, com o aprofundamento do repertório cultural e com a introdução de outro, porém acho que deveria resumir mais suas ideias, pois o Enem tem uma quantidade de linhas permitida, e na minha perspectiva pode ultrapassar pelo tamanho que apresenta digitado.
Amei a conclusão, ótimos argumentos e proposta.
Queria destacar que fez um ótimo uso dos conectivos e dos argumentativos.
Me desculpe, mas não sei avaliar para saber a sua nota.