PRESERVAÇÃO AMBIENTAL E PRODUÇÃO DE ENERGIA RENOVÁVEL BRASILEIRA 

     Hans Jonas – célebre filósofo alemão – em seu Princípio da Responsabilidade, afirmava um pacto entre os indivíduos para propiciar condições favoráveis às gerações posteriores como dever incontrovertível da existência humana em relação aos cuidados com o planeta terra. Ao contrário do que concerne Jonas, o contexto brasileiro atual, ainda há poucos avanços sustentáveis observado na produção de energia renovável. Isso ocorre não só pela fraca – ou nula – preocupação dada ao entrave, como também pela falta de investimentos em matrizes energéticas alternativas. 

   Diante dessa perspectiva, a pacificidade da mídia em cenários que deveriam ser de preocupação com questões ambientais torna-se problemática no Brasil. “Agro é pop, agro é tudo”, assim é mostrado o famoso comercial do agronegócio na emissora Globo sem expor os lados negativos de tal expansão econômica, cuja alavanca as emissões de metano (CH4), consome muita água e causa desmatamentos florestais. Nessa conjuntura, inegavelmente, o setor informacional e de educação ambiental permitem a camuflagem de avanços econômicos sobre o regresso da proteção e preservação dos recursos que a natureza dispõe. Posto isso, é clarividente coibir  esses aspectos do panorama capitalista.

     Outrossim, a carência de subsídios estatais na produção de energia renovável atua como uma grave inércia socioambiental. À respeito do meio ambiente, já era enfatizado no artigo 225 Constituição Federal de 1988, bem como a criação do IBAMA para consolidar esse processo. Nesse interim, as matrizes energéticas mais limpas ainda não foram dominantes no Brasil, com exceção da hidrelétrica, que fornece energia limpa mas em troca, infelizmente, da dependência de cenários chuvosos, conflitos territoriais com comunidades ribeirinhas e alterações na natureza local. Logo, convém analisar e elaborar planos de demais fontes energéticas no território verde e amarelo. 

     Portanto, o Ministério do Meio Ambiente deve expor as questões ambientais nas principais pautas nacionais, por meio da consolidação de anúncios televisivos e campanhas escolares, que deem as devidas informações e atribuições quanto aos problemas de cunho ambiental no país, a fim de lograr o bem-estar social e ambiental nos preceitos da nação brasileira. Além disso, faz-se mister que empresas privadas, junto com institutos do Estado, implementem construções de indústrias energéticas limpas, de modo a focar em fontes como eólica e solar, com o fito de disponibilizar diferentes segmentos. Assim, Hans Jonas e o seu princípio serão assegurados como um lema na realidade brasileira.