Preconceito racial no Brasil

Protagonizado por Will Smith, o filme ‘’A procura da felicidade’’ mostra as dificuldades impostas aos negros que buscam melhores condições de vida. Fora das telas, aproximar a realidade dos negros e brancos continua sendo um enorme desafio no Brasil. Nesse âmbito, o preconceito racial ainda persiste, por estar enraizado no país e pela insuficiência governamental. Logo, é imprescindível a tomada de novas medidas que possam atenuar a situação.

Em primeira análise, é válido ressaltar, que o preconceito racial faz parte da estrutura social brasileira. Nessa perspectiva, mesmo com a abolição da escravatura em 1888, os negros continuavam sendo segregados, e sem oportunidades de emprego, muitos optavam por roubar para subsistir. Com isso, uma visão negativa dos negros foi criada, e se perpetua ainda nos dias atuais. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que, a taxa de homicídios de pretos e pardos no país é quase três vezes maior que a de brancos. Logo, é substancial a mudança desse quadro.

Outrossim, a ineficiência das políticas públicas de combate ao racismo, acaba dificultando a resolução da problemática e a tornando persistente. O artigo quinto da Constituição de 1988 estabeleceu o crime de racismo como inafiançável e imprescritível. No entanto, na maioria das vezes no exercício, há um rebaixamento do crime para injúria racial. Como resultado, essa ineficácia legislativa, acaba possibilitando a liberdade do criminoso.

Portanto, para minimizar o problema, cabe ao Ministério da Educação e Cultura (MEC) por meio de verbas governamentais, criar mecanismos nas escolas, como palestras e campanhas midiáticas para que os indivíduos tornem-se mais conscientes de suas ações. Ademais, o poder público deverá elaborar leis mais severas para punir os criminosos, além de serviços sociais prestados pelos mesmos. Só assim, a sociedade brasileira se distanciará da realidade do filme.