Segundo o filósofo e escritor Jean Paul Sartre, a violência, seja qual for a maneira como ela se manifesta, é sempre uma derrota. Consoante a isso, a persistência da violência contra a mulher no Brasil constitui uma derrota para o país. Nesse contexto, o cenário atual persiste influenciado pela concepção machista presente na coletividade, bem como pela deficiência Estatal em julgar os casos de agressão.
Em primeira análise, o panorama nacional contemporâneo tem sua raiz no discurso machista ao qual foi formada a sociedade. Nesse sentido, se relaciona o pensamento do ativista francês Michel Foucault de que é preciso mostrar às pessoas que elas são livres para quebrar conceitos errôneos construídos em outros momentos históricos. Seguindo essa lógica, a subordinação e desvalorização feminina enraizada no coletivo tem sua base histórica, pois, em épocas passadas, a mulher era considerada inferior ao homem e tratada como o sexo frágil. Dessa forma, tal concepção nociva contribui para a persistência da agressividade contra as brasileiras e, portanto, deve ser desconstruída pelo corpo social.
Ademais, a manutenção do contexto de violência contra as mulheres no país ocorre devido a carência de atitude Estatal. Nessa perspectiva, apesar de existirem leis, como a Lei Maria da Penha, que teoricamente asseguram a punição, grande parte dos casos de maus tratos denunciados pelo conjunto feminino não sofrem julgamento, tal fato foi constatado pelo Conselho Nacional de Justiça através de uma pesquisa, a qual informou que a cada 100 processos menos da metade são julgados. Dessa forma, a falta de atuação eficaz do Estado colabora para perpetuar as atitudes de agressão às mulheres, pois como a sentença contra tais ações não é priorizada, os seus praticantes continuam fazendo-as sem receio.
Portanto, são necessárias medidas estratégicas para reverter a situação atual. Para diminuir a opressão contra as brasileiras, o Poder Judiciário, responsável por aplicar punição, deve priorizar o juízo dos casos de agressão contra o sexo feminino. Tal ação ocorrerá mediante o aumento do número de juizados especializados em violência contra a mulher, a fim de ampliar o julgamento dos processos. Assim sendo, o ambiente social será mais justo para a população feminina, pois como disse a jornalista brasileira Djamila Ribeiro, “a gente luta por uma sociedade em que as mulheres possam ser consideradas pessoas”.
Por favor, dê as notas para cada uma das competências do enem
RadriceNunes
Oi! Primeiro, ótima redação, do meu ponto de vista está ótima.
Acho que só errou algumas poucas vezes no uso da vírgula, mas não sou especialista.
Por exemplo: “… pensamento do ativista francês*,* Michel Foucault*,* de que é preciso mostrar às pessoas…”
A sua última citação não coube muito bem no contexto, apesar de condizer com o tema do texto.
C1:160
C2:200
C3:200
C4:200
C5:180
Total: 940 pts
Thamirysbds
Oii, Lais, tudo bem? Desde ja, gostei muito da sua redação, parabéns! Vou fazer uma correção por parágrafos e atribuir uma nota no final, pode ser? Não sou especialista, mas espero ajudar como puder. Qualquer dúvida, mande uma mensagem. =)
INTRO
|+|
-começou com uma citação
-tese bem apresentada
-duas problemáticas facilmente identificadas
-introdução clara e objetiva, que prende o leitor (muito bom)
|-|
*****
D1 (concepção machista presente na coletividade)
|+|
-gostei muito da citação que vc fez e em como vc trabalho sua argumetação em cima dela, dando uma retomada à citação no fechamento do parágrafo
-sem erros graamticais
-todo o parágrafo obedece a estrtura padrão seguido no enem
-vc utilizou-se de conectivos, oq enriqueceu o seu texto, além de uma argumentação fora do senso comum
|-|
****
D2 (deficiência Estatal em julgar os casos de agressão)
|+|
-Laís, vc argumenta muito bem!!! todo o seu parágrafo está coerente com a sua problemática, além de uma rica argumentação fora do senso comum
-uso de repertório e conectivos adequados
|-|
-não se deve utilizar “através” quando vc quer se referir a “por meio/intermédio de”, visto que essa palavra, na língua portuguesa, significa “atravessar algo”
CONCLUSÃO
-ação: priorizar o juízo dos casos de agressão contra o sexo feminino
-meio/modo: mediante o aumento do número de juizados especializados em violência contra a mulher
-agente: Poder Judiciário
-finalidade: a fim de ampliar o julgamento dos processos
-detalhamento:
C1: 200
C2: 200
C3: 200
C4: 180 (cuidado com o através)
C5: 160
NOTA: 940
Victória Morganna
Olá, Laís! Tudo certo?
Sinceramente, sua redação está MUITOO boa, sério. Confesso que fique procurando erros e não encontrei. Sua argumentação está muito bem posicionada, há problematização, exposição de teses, relação com outras áreas do conhecimento, bom domínio da norma culta e a conclusão apresenta com os 4 elementos + detalhamento.
PARABÉNS!
Se for para apontar algo, ao meu ver, a citação no fim da conclusão, como foi algo que não foi citado antes, quebrou um pouco a linearidade textual. Assim, seria melhor retomar o que foi dito na introdução.
C1: 200 (Excelente domínio da norma culta!)
C2: 200
C3: 200
C4: 200
C5: 200