O quadro expressionista “O grito” , do pintor norueguês Edvard Munch, retrata a inquietude, o medo e a desesperança refletidos no semblante de um personagem envolto por uma atmosfera de profunda desolação. Para além da obra, nota-se que, na conjuntura brasileira contemporânea , o sentimento de milhares de indivíduos diante dos obstáculos para a doação de órgãos é, frequentemente, semelhante ao ilustrado pelo artista. Desse modo, é imprescindível analisar as causas desse revés, dentre as quais se destacam a desinformação da sociedade e a negligência estatal.
Convém ressaltar, a princípio, que a falta de esclarecimento à população favorece a existência da problemática no país. Em um episódio da série “Sob pressão”, por exemplo, a mãe de um rapaz vítima de morte cerebral, com a esperança de uma reversão no quadro clínico do filho, rejeita as orientações dos médicos , que procuram convencê-la a doar os órgãos do jovem. De maneira análoga à ficção, a ausência de conhecimento das famílias acerca do significado de morte encefálica e do processo de retirada dos órgãos gera questionamentos sobre a transparência do procedimento, já que não é comum a exibição de campanhas a respeito da temática na televisão ou nas redes sociais. Consequentemente, há a recusa dos familiares , aumentando o número de pessoas que aguardam na lista de transplantes.
Ademais, o descaso governamental propicia a manutenção do impasse na nação tupiniquim. Segundo dados da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos,70% do material doado não é utilizado a tempo. Esse cenário ocorre devido à carência de investimentos na infraestrutura hospitalar para a realização dos transplantes , além do transporte dos órgãos dentro do período estimado, especialmente em cidades isoladas geograficamente. Com isso, essa escassez estrutural inviabiliza as transplantações e agrava a situação de pacientes na fila de espera. Logo, faz-se urgente a mudança de postura do Poder Público, a fim de reverter tal realidade.
Verifica-se, portanto, a nessecidade de ações capazes de mitigar o entrave. Para tanto, o Ministério da Saúde – principal responsável pela promoção da saúde pública – deve investir em projetos que visem orientar o corpo civil, por meio de propagandas e debates mensais nos veículos midiáticos, com o intuito de esclarecer as dúvidas dos cidadãos quanto ao funcionamento da doação de órgãos. Espera-se, assim, que os sofrimentos emocionais retratados por Munch delimitam-se apenas ao plano artístico.
Obs: deu 30 linhas no rascunho. Se possível corrigir erros ortográficos e de pontuação , acentuação , etc.
amarquess
competência 1: 140
competência 2: 200
competência 3: 200
competência 4: 200
competência 5: 200
total: 940
a sua redação está ótima, só preste mais atenção em alguns errinhos gramaticais. no mais, continue assim que você vai conseguir um mil na redação! :)
não sou nenhuma profissional, também sou estudante, mas espero ter ajudado você de alguma forma.
Shu
Olá! Abaixo segue minha correção da sua redação:
– 1° parágrafo; ficou muito bom! Mas, em ” semelhante (ao) ilustrado pelo artista”, poderia tirar essa palavra;
– 2° parágrafo; no trecho: ” a ausência de conhecimento das famílias…”. Acho que não é a falta de conhecimento, mas o luto de perder uma pessoa próxima junto com a decisão rápida de doar os órgãos. É mais, uma falta de ajuda- na saúde- em contribuir a decisão da pessoa.
– 3° parágrafo; em “do impasse na nação tupiniquim” não ficou esclarecido. E na palavra “geograficamente”, não é adequado no trecho aplicado.
– 4° parágrafo; teve apenas um agente e você não detalhou qual o projeto a ser investido.
Obs: sua redação está quase perfeita! Só falta praticar um pouco mais! Continue nesse caminho! Bye!!!
Gabysantos123
, eu sou estudante também, mas vou corrigir de acordo com meus conhecimentos, ok!?
Sua redação está muito boa, apenas destacarei alguns pontos para você melhorar na próxima vez que escrever.
Competência 1- 200
Competência 2- 200
Competência 3- 180
Competência 4- 200
Competência 5- 200
Samuel1818
Olá, Helena!
•Erros gramaticais…
-2° parágrafo: “a falta de esclarecimento à população favorece *para* a existência…”. Esse *para* deve existir porque explica a seguinte pergunta: (Para quê a falta de esclarecimento favorece?);
-2° parágrafo: “a mãe de um rapaz vítima de morte cerebral…”. Faltou uma vírgula depois de *rapaz*, pois você está fazendo um detalhamento do que aconteceu com esse rapaz;
-4° parágrafo: “Espera-se, assim, que os sofrimentos emocionais retratados por Munch delimitam-se…”. O certo é *delimitem-se*.
No mais, só esses 3 erros. Parabéns pela excelente redação!! Como o ENEM aceita no máximo dois desvios da norma-culta, você perderia 40pts por isso.
C1- Domínio da norma-culta, 160
C2- Compreender a proposta e aplicar repertórios, 200
C3- Organização dos argumentos selecionados, 200
C4- Uso dos conectivos, 200
C5- Proposta de intervenção, 200
Nota: 960