Diversas vezes durante a história, a luta pelos direitos e pela liberdade de expressão foram colocados à prova, bem como em 1932, quando a ditadura da Era Vargas sufocava o povo e, a única possível resposta eram as manifestações, as quais, mesmo que levassem a inúmeras mortes, como a dos jovens Martins, Miragaia, Dráuzio e Camargo, forçaram atitudes governamentais que atendessem os direitos humanos. Em virtude disso, na atualidade, a repressão deu lugar a democracia e as opiniões dos cidadãos são a base do Estado, entretanto, com a chegada da “internet” e a facilidade da expressão momentânea, ocorre uma grande confusão entre o que é de direito ser dito e o que é desrespeitoso, gerando além de uma mentalidade retrógrada, uma onda de cancelamentos baseadas em discursos de ódio, sendo esses, um dos maiores empecilhos à liberdade e criticidade humana, e deste modo, necessitando ser urgentemente combatida.
Em primeira análise, o permanente medo da repressão, é uma adversidade, pois impede que haja demarcações no que se pode ser dito para não ferir o outro, destarte, a ausência de um linear do que é respeitoso é a própria temida censura que rege a sociedade. A visto disso, as redes sociais, as quais no momento são o local de maior relação interpessoal cotidiana, se tornou uma faca de dois cumes, já que mesmo uma ferramenta facilitadora da expressão, é em simultâneo, contraditória, pela invasão das crenças e privacidade, assim como já aconteceu mesmo antes da deliberação da livre opinião, sendo então um vício tecnológico que seus usuários tirem a liberdade alheia e ao invés de avançar no tempo com a ciência, tem a mentalidade regredida na história.
Ademais, são um enorme problema os constantes cancelamentos e discursos de ódio que repercutem nesse meio social, já que esses estão atrelados à noção atemporal do homem de estar sempre certo e necessitar de apontar o erro alheio para se fortificar. Desta maneira, assim como a péssima visão do ditador alemão Adolf Hitler, muitos acreditam que devem estar sempre certos e menosprezar o outro por ele ser quem é, de modo que isso trará poder. Portanto, atacam diariamente aos demais que estão no meio virtual, sem real conhecimento de sua vida pessoal, além do pouco que publicam em suas páginas, pensando apenas em benefício próprio e, com isso, inconscientemente se ferindo e acabando com a sua própria voz, tornado da “internet” uma terra sem leis.
Logo, para acabar com os obstáculos no combate ao discurso de ódio na “internet” brasileira, é de extrema importância que o poder judiciário, especificamente o Ministério da justiça, garanta a realização das leis também no meio digital, por meio da aplicação de “softwares” que fiscalizem padrões nas mensagens desrespeitosas enviadas pelos usuários, e com isso, possam punir os infratores e tornar esse ambiente do cotidiano um espelho da democracia na sociedade. Assim, o país afastar-se-á de qualquer censura e as mortes pela liberdade de expressão não terão sido em vão.
Thalyne
Não sei como fazer a correção por competências mas sei que sua redação está muito boa, você usou bons argumentos, boas alusões, tem um bom vocabulário e gostei muito da sua proposta de intervenção, que, inclusive, respondeu as 5 perguntas que a competência 5 faz.
Continue escrevendo para criar segurança e aprimorar suas habilidades, boa sorte no domingo!!!!!!