Os Impactos de Influenciadores Digitais na Formação dos Jovens

         Até o início dos anos 2000, as estratégias de publicidade eram focadas na televisão, revistas e jornais impressos. Atualmente, com a ampliação do acesso à internet e a popularização de redes e mídias sociais – especialmente entre os jovens – a divulgação de produtos, tendências e estilos de vida é atribuída também aos influenciadores digitais. Assim, é válido afirmar que o crescente estímulo aos hábitos consumistas é uma das implicações desse cenário.

              De acordo com uma pesquisa realizada pela Youpix, companhia especialista entre o mercado de criação de conteúdo, cerca de 48% dos jovens de 18 a 34 anos afirmaram ter comprado produtos dos quais não precisavam após lerem resenhas de blogueiros ou terem assistido a vídeos de propaganda publicados por estes. Além disso, a construção da imagem virtual acerca da “vida perfeita” repercute substancialmente na autoestima e percepção daqueles que ainda estão no processo de formação de sua própria identidade.

                     Nesse sentido, tal imagem pré-estabelecida leva grande parte dos jovens à ilusão de que , para obterem felicidade e sucesso, devem aderir os mesmo estilos de vida e consumo exibidos por estas celebridades. Consequentemente,  tal anseio pode resultar no aumento de hábitos consumistas entre adolescentes e jovens, associado ainda à sensação de insuficiência e baixa autoestima.

              Assim, à luz do exposto, é fundamental que a família promova a construção da autoestima e estimule o consumo consciente desde a mais tenra idade, a fim de que, na juventude, o indivíduo tenha facilidade para identificar, delimitar e filtrar as influências virtuais. Dessa forma, os possíveis impactos negativos do conteúdo gerado por influenciadores digitais serão atenuados e os jovens poderão acompanhar essas celebridades sem questionar ou mesmo minorar seu senso de valor próprio.