Os empecilhos para inserção da mulher no âmbito de trabalho

Segundo a Constituição Federal de 1988, todo indivíduo direito à igualdade e ao bem-estar social. No entanto, os empecilhos para a inserção da mulher no âmbito trabalhista impedem que essas garantias sejam constatadas, de fato, na realidade brasileira, devido ao machismo e à disparidade salarial que aflige essa parte da população.

A princípio, no filme “Terra fria”, a personagem Aimes sofre abusos ao trabalhar em uma mineradora de ferro, ambiente frequentado majoritariamente por homens. Fora da ficção, essa conjuntura é notória, visto que a visão machista persiste, culminando na concepção de que os indivíduos do sexo feminino são frágeis e sem aptidão para exercer cargos considerados masculinos. Com efeito, essa hostilidade, como a ocorrida com a Aimes, dificulta a permanência dessas cidadãs nesse tipo de emprego.

Outrossim, segundo Luiz Inácio, político, “não há democracia que resista a tão dramáticas diferenças sociais”. De maneira análoga a esse pensamento se nota a disparidade salarial que as mulheres sofrem mesmo desempenhando cargos iguais aos dos homens, acarretando o crescimento da desigualdade de gênero. Desse modo, é inaceitável que em um Estado democrático, haja a presença dessa problemática, necessitando de possíveis medidas.

Infere-se, portanto, que o Poder Judiciário deve mitigar esse impasse, por meio da elaboração de uma lei que consiste em criar um canal online de denúncias nas empresas e possibilite uma transparência de remuneração aos funcionários, com o intuito de incentivar a população feminina a denunciar os abusos sofridos no ambiente de trabalho e reivindicar por salários justos. Assim sendo, as cidadãs brasileiras vão usufruir dos seus direitos constitucionais, tornando o país menos desigual e machista.