OS EFEITOS DE UMA SOCIEDADE DE PADRÕES ESTÉTICOS

O conceito de padrões de beleza acompanha a humanidade desde os primórdios, como na Grécia Antiga em que a valorização do corpo atlético era acentuado ou na Renascença com as obras retratando mulheres acima do peso, devido a associação da massa adiposa com riqueza. Hodiernamente, a difusão de padrões estéticos é um empecilho para sociedade e deve ser tratada com seriedade, pois pode gerar graves efeitos. Como consequências dessa normatização, o surgimento de distúrbios alimentares e problemas psicológicos.

 A priori, a ascensão das tecnologias de informação possibilitou meios que favorecem a propagação, pelas mídias televisivas, de imagens  de “corpos perfeitos”, que geralmente são magros, brancos e não-deficiente. Sob essa ótica, o poeta e escritor irlandês, Oscar Wilde, afirma que a vida imita a arte, sendo assim, com a constante colocação de uma beleza padronizada as pessoas tendem a buscar formas para se encaixar nos ideais  do corponormativismo. Ademais, como efeito dessa busca, a ocorrência de distúrbios alimentares como bulimia, anorexia e vigorexia. Desse modo, é necessário medidas para solucionar esse problema de saúde pública.

Além disso, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) a definição de saúde é baseada no aspecto biopsicossocial, ou seja, não é apenas ausência de doença, mas sim a união de aspectos sociais e psicológicos. Tendo em vista isso, concomitantemente aos distúrbios alimentares surgem os impasses psicológicos, derivados de críticas a aparência, ausência de representatividade nos meios de comunicação e dificuldade de aceitar o diferente. Em soma, partindo do pensamento do ativista Nelson Mandela a respeito do poder que a educação possui de mudar o mundo, é imprescindível a participação desta nesse contexto.

Infere-se, portanto, a existência de graves efeitos gerado a partir dos padrões estéticos na sociedade. Em vista disso, cabe ao Ministério da Educação (MEC) criar um projeto com tema “A beleza é relativa e não um padrão”, que tem como alicerce estimular os debates nas escolas do país, ampliando para toda comunidade escolar assuntos sobre a pluralidade de características da população  e os malefícios para saúde decorrentes da preocupação excessiva. Bem como, usar as redes sociais do MEC para discutir a temática frequentemente. Assim, a coletividade terá representatividade e ficarão mais próximas do conceito de saúde.