Os dilemas da doação de órgãos no Brasil

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) qualquer indivíduo saudável e que foi acometido por morte cerebral é capaz de doar órgãos. Sendo assim, a sua dinâmica de doação e transplante deveria ser simples e tranquila, mas mesmo assim o Brasil ainda enfrenta dilemas com relação a doação de órgãos. Certamente, a longa fila de espera e a implicância com relação ao assunto são os principais problemas envolvendo a questão citada.

Em primeiro lugar, várias famílias ainda implicam e recusam a doação de órgãos por motivos diversos. A exemplo disso, na série Grey’s Anatomy houve um caso em que um paciente precisou de um coração transplantado, mas sua mãe não deixou a cirurgia ocorrer, pois a sua religião não permitia. Com isso vemos que o preconceito criado pela sociedade em torno do assunto faz com que cada vez menos famílias aceitem a doação ou o transplante de órgãos, gerando assim mais vidas perdidas.

Ademais, a menor quantidade de órgãos disponíveis faz com que cada vez mais a lista de espera fique maior. Segundo o Ministério da Saúde, em 2016, foram feitos 24.958 transplantes, tendo assim um aumento de 5% com relação ao ano anterior. Mesmo havendo um aumento, no contexto atual, os números ainda são baixos para atender a demanda de pacientes esperando pela cirurgia, e após muita demora eles acabam morrendo.

Portanto, medidas devem ser tomadas para resolver os dilemas da doação de órgãos no Brasil. Sendo assim, cabe a mídia, com o auxílio do Ministério da Saúde, fazer campanhas publicitárias em rádio, televisão e na internet, para incentivar as pessoas a doarem órgãos, a fim de aumentar o número de transplantes e diminuir a fila de espera.