Os Desafios para Promover a Integração dos Moradores de Rua à Sociedade

Segundo o sociólogo polonês Zygmunt Bauman, a falta de solidez nas relações políticas, econômicas e sociais é característica da modernidade líquida vivida no século XX. Essa visão encaixa-se no tema pois revela uma sociedade construída a partir dos pilares da fragilidade e insegurança, onde os indivíduos são consumidores e responsáveis pelo fracasso ou sucesso em suas vidas.

De acordo com a definição da Secretaria Nacional de Assistência Social, os moradores de rua compõe um grupo heterogêneo mas que têm em comum a condição de pobreza absoluta. Tal definição revela que o indivíduo na sociedade é definido a partir do seu estilo de vida, o que ele consome e o modo como consome, retomando a visão de Bauman em relação ao indivíduo.

Em segundo plano, dados de uma pesquisa da Secretaria de Assistência Social e Desenvolvimento Social comprovaram que as ruas da cidade de São Paulo abrigam 15.905 pessoas, 10% a mais em relação ao último levantamento em 2011. Esse dado nos mostra que o número de pessoas vão crescendo e aumentando os desafios da integração à sociedade pois a demanda é grande e os reforços escassos.

Portanto, compete ao Ministério de Integração social junto com o Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, construir moradias em terrenos inocupados em parceria com o Governo Federal para habilitar esses indivíduos e distribuir auxílio em dinheiro até que os mesmos consigam um emprego. Com essas ações visa-se aumentar o número de re-integrados à sociedade a partir desse impulso socio-econômico.