Os desafios para o combate ao vício em celulares na era tecnológica no Brasil

O documentário, disponível no acervo da Netflix – plataforma de Streaming -, “ O
dilema das redes” retrata os seres humanos e suas relações sociais através do acesso às
mídias sociais com o uso de celulares. No cenário brasileiro, existem vários entraves para
impedir o vício nesses aparelhos que fazem, praticamente, tudo em instantes. Sob essa
ótica, torna-se visível que isso decorre da dinâmica funcional da sociedade e da ausência
institucional.
Primeiramente, percebe-se que o mundo está cada vez mais conectado, em que
tudo pode ser requisitado na internet com auxílio de um celular. Segundo o sociólogo
Zygmunt Bauman, vivemos atualmente em uma sociedade volátil, pois as relações são
temporárias e menos afetivas, na qual ele definiu com “modernidade líquida”. Dessa
maneira, constata-se o funcionamento da sociedade propício ao uso descontrolado dos
celulares, inibindo os usuários da realidade, mantendo-o preso naquele mundo paralelo,
onde o algoritmo é responsável por paralisar e substituir conexões pessoais, dificultando o
combate ao vício tecnológico. Outrossim, os dependentes resumem suas vidas aos toques
na tela do celular, causando um distanciamento do convívio familiar, que por conseguinte,
florescerá uma crise existencial no indivíduo.
Ademais, sabe-se que as fundações têm papéis significativos na influência da
sociedade. De acordo com o Sociólogo Émile Durkheim, as instituições – igreja, família,
escola e etc – precisam intervir no corpo social, visto que isso impede um estado anômico
desse grupo. Sob essa perspectiva, verifica-se a importância das instituições para combater
esse mal proveniente do uso inadequado da ferramenta de comunicação, que caso não
declare posição frente a essa problemática, o Brasil aumentará os números de usuários que
usam sem escrúpulo o meio digital. Dessa forma, o Brasil regridirá na tentativa de diminuir a
problemática causada pelo abuso de tempo nos celulares, negligenciando a saúde física,
social e mental dos seus habitantes.
Portanto, é mister que algo seja feito para diminuir esses percalços. Então, as
escolas, com apoio do MEC(Ministério de Educação e Cultura), devem realizar dinâmicas
de autocontrole para os estudantes, por meios de técnicas psicologicamente comprovadas –
meditações, exercício de concentração, foco, atenção e etc -, a fim de que esse público,
que nasceu na era tecnológica, adquira e espalhe conhecimentos referente ao autocontrole.
Sendo assim, baseado na teoria de Durkheim, a instituição educativa usaria seu poder
como forma de diminuir a problemática.