No ano de 2008, a faculdade de Belas Artes – de alto prestígio acadêmico em São Paulo – foi alvo de uma polêmica intervenção artística. Na ocasião, o bolsista formando Rafa Pixabomb mobilizou, como trabalho de conclusão do curso de artes visuais, a pichação em massa do campo universitário. Embora embasado em observações filosóficas e sociais acerca da arte, o ato recebeu muitas críticas e repressão. Hodiernamente, entretanto, o cenário da arte urbana ainda é desafiador no que concerne à sua valorização em território nacional, impulsionado, máxime, pela mercantilização da arte e seu consequente elitismo.
A priori, é necessário avaliar os impactos da capitalização cultural envolta na arte contemporânea. Nessa perspectiva, pensadores da Escola de Frankfurt formularam a teoria da Indústria Cultural, na qual, de acordo com a ascensão do capitalismo, a cultura se tornou mercadoria e, logo, foi padronizada. Assim sendo, é notável que, ao se distanciar dos padrões industriais, a arte urbana tensiona as concepções academicistas. Como resultado, os artistas são constantemente marginalizados e inferiorizados pelos detentores dos ideais culturais dominantes, como observado na repercussão do evento em Belas Artes.
Por conseguinte, depreende-se, somada às desigualdades sociais, que a sobreposição da técnica frente à arte, fomenta, também, sua elitização. Nesse sentido, o professor universitário Milton Santos descreve a suposta democracia brasileira como “democracia de mercado”, onde o ponto central das relações sócio-políticas está no cunho mercadológico, ao invés do social. Posto isso, ao ser restrita em pequenos grupos, a arte adaptada ao mercado se configura como antidemocrática e excludente, visando, destarte, desqualificar as manifestações da arte urbana – como o grafite, a pichação e o estêncil – no cenário brasileiro.
Evidencia-se, portanto, a necessidade do combate à desvalorização da chamada “arte de rua”. É essencial que as Academias de Arte e ONGs culturais abram espaço para as expressões urbanas, por intermédio da promoção de eventos e galerias expositivas que ampliem a participação de artistas do segmento. Dessa forma, otimiza-se a questão da aceitação e valorização da arte urbana e desconstrói-se, gradualmente, a padronização da Indústria Cultural no campo artístico, como o abordado pela Escola de Frankfurt.
nathss
A redação está linda, segue a norma-padrão do NEM exige, a linguagem é bem clara, ainda deixou sua marca de posicionamento, o que enriqueceu ainda mais seu texto.
Na minha opinião, não tem o que mudar, sua redação esta ótima, abordou o tema de forma clara e bastante interessante.
Parabéns, no meu ponto de vista, nota 1000!!!!!!
nalulopess
Oi, tudo bem?
Eu gostei muito do seu texto, tem só algumas coisas que eu gostaria de pontuar nele.
A sua redação está dentro da norma-padrão que o ENEM exige, você fez bom uso de conectivos, trouxe repertórios pertinentes pra enriquecer o tema tratado e deixou sua marca de posicionamento.
Só fique atenta na proporção do seu texto, a sua introdução poderia deixar de ter umas 3 linhas e você poderia ter detalhado um pouco mais os seus parágrafos de desenvolvimento, por exemplo. Recomendo somente isso, um pouco mais de detalhamento no desenvolvimento I e II, pra deixar ainda mais evidente a sua defesa.
De resto, meus parabéns! Seu texto está muito bom.
COMPETÊNCIA 1 = 200
COMPETÊNCIA 2 = 200
COMPETÊNCIA 3 = 160
COMPETÊNCIA 4 = 160
COMPETÊNCIA 5 = 200
TOTAL = 920
Douglasct
Para mim sua redação esta ótima, abordou o tema de uma forma dinâmica e muito interessante.
Fez um boa progressão de ideias e seus argumentos foram pontuais.
Soube usar muito bem os conectores e seus exemplos fortaleceu sua ideia defendida.
Sua conclusão foi perfeito, e seus argumentos de intervenção foram bem desenvolvidos.
Na minha opinião sua redação está perfeita. Parabéns.
Olá, nossa que redação excelente!!!
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Se voce continuar seguindo essa mesma linha de redação, com tópicos frasais, conectivos, repertório e um padrão adequado vc conseguirá Mil.
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C1- 200
C2- 200
C3- 200
C4- 200
C5- 200
TOTA; 1000