Dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) revelam que 82% dos idosos do país estão desconectados da internet. Esse número é reflexo de um grande desafio enfrentado pela terceira idade: sua inclusão digital. Nessa perspectiva, não há como negar que esse empecilho ocorre não apenas em virtude da ineficiência governamental, como também pelo individualismo e antipatia de muitas pessoas.
É importante pontuar, de início, que embora o Estatuto do Idoso incube ao governo o dever de criar projetos de inclusão de idosos às tecnologias de comunicação, tal obrigação não é seguida com exatidão. Segundo o filósofo Aristóteles em seu livro “Ética a Nicômaco”, a política existe para garantir a felicidade dos cidadãos, todavia, a postura governamental se contradiz à lógica aristotélica, pois políticas públicas de inclusão digital são mais voltadas aos jovens e pouco à terceira idade, já que por muitas vezes, infelizmente, os idosos são vistos como ultrapassados à tecnologia . Desse modo, enquanto o Poder Público não cumprir com o seu encargo, contra a sua vontade, muitas pessoas de idade serão obrigados a conviver com a exclusão digital e sem a garantia de felicidade descrita por Aristóteles.
Além disso, o egoísmo e a falta de empatia atuam como agravante da revés em questão. Conforme defende o sociólogo contemporâneo Zygmunt Bauman em sua obra “Amor Líquido”, as pessoas só se preocupam consigo mesmas, deixando de se envolver nas relações e nos problemas sociais. Nesse contexto, em uma sociedade individualista e antipática, se colocar no lugar do outro e deixar de pensar apenas em si são quase nulos. Em consequência disso, o desejo de inserção digital dos idosos é freado pela impaciência de muitos em lhes ajudar a manusear um computador, por exemplo. Ademais, vale ressalta que, o processo de aprendizagem mais lento de pessoas idosas é, por muitas vezes, associado à um possível incapacidade de utilizarem as atuais tecnologias de comunicação, o que, lamentavelmente, contribui ainda mais para que eles deixem de serem incluídos digitalmente.
Em virtude dos fatos mencionados, fica claro, portanto, que são necessárias medidas para atenuar o problema. Para isso, o governo, na figura do Ministério Público, por meio de verbas provindas do Tesouro Nacional, deve promover a criação de cursos de alfabetização digital voltada à terceira idade. Esses cursos serão abertos a jovens que queriam se voluntariar a ajudar os idosos nesse processo de inserção. Nesse sentido, o intuito de tal medida é fazer com que o número de pessoas idosas conectadas com a internet aumente.
crlf
Olá Léo! parabéns pela sua redação
A sua tese está bem explícita e é pertinente ao tema, argumenta bem a fundo a problemática , relacionando dados e informações e tem muitas marcas de autoria.
Você tem um ótimo repertório socio- cultural, o seu texto é coeso e coerente e tem uma organização surpreendente, parabéns novamente.
Agora eu gostaria de fazer algumas observações:
Em algumas partes do texto apresenta alguns erros de ortografia e de concordância, mas são desvios leves que não comprometeriam uma nota de 960 pontos.
Na sua conclusão você poderia retomar o pensamento de Zygmunt Bauman na parte em que fala sobre o trabalho voluntário dos jovens.
Fora isso a sua redação está muito boa mesmo. Continue escrevendo, que você tem futuro!
LarissaAguilar
Oi Léo , ficou muito bom seu texto , mas eu acho que você poderia ampliar a sua proposta de intervenção , ficou muito especifica e manualizada . No desenvolvimento parece que você empacou tudo em uma só questão e por isso a redação não fluiu tanto , E na introdução para mim ficou perfeito . bjs
cachoeiracaline
Oi, Léo! parabéns pelo texto. Gostei de seus argumentos e da sua escrita! Seria interessante se você também mostrasse o lado daqueles idosos que amam estar conectados. Você poderia começar com essa ideia e depois enfatizar que mesmo muitos deles estando conectados, há vários deles sem acesso à tecnologia. Vai em frente! você é bom!!