Os desafios da educação universitária no Brasil

A partir do Período Joanino, iniciado com a chegada da Família Real em 1808, o Brasil passou por uma modernização que construiu universidades para o desenvolvimento científico com enfoque na  elite. Entretanto, na contemporaneidade, a negligência governamental para o desenvolvimento acadêmico faz com que o espaço universitário esteja em decadência.

Primeiramente, é destacável que países que investem largamente no ensino superior, como a China e a Coreia do Sul, obtêm melhorias econômicas e permite a emancipação nacional frente às instabilidades financeiras do capitalismo global. Nesse contexto, os cortes orçamentários  frequentes feitos pelo Poder Público, sob a alegação de reinvestir em áreas que geram maior lucro rápido, são incoerentes, uma vez que os argumentos  podem ser contestados pelas nações desenvolvidas e por empresas, como a Apple e a Amazon, que possuem lucros exponenciais por meio de investimentos em pesquisa.

Além disso, o crescente movimento que aborda o subfinanciamento de instituições públicas e a prerrogativa de políticos favoráveis à privatização do ensino superior deixa implícito que, por mais que o estado possua recursos para o desenvolvimento dos Institutos Federais, há entidades que lucram com o sucateamento da educação pública. Nessa conjuntura de fatos, a existência de estadistas que vão contra a Constituição Federal, que garante o acesso da população à educação pública,  faz com que esses omitam sua função social e seu compromisso com o povo que o elegeu.

Fica evidente, portanto, que medidas devem ser tomadas para minimizar os efeitos dessa problemática. Assim, cabe ao Ministério da Educação, por meio do orçamento anual de investimentos em Universidades, ampliar os recursos para o desenvolvimento dessas instituições, visando aproximar o desenvolvimento universitário ao progresso econômico. Também, é necessário que o Ministério da Ciência e tecnologia, por meio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPeQ), ampliar o número de bolsas de estudo disponibilizadas, objetivando  a qualificação profissional e o desenvolvimento econômico de áreas atreladas à tecnologia. Dessa forma, a educação universitária não será um desafio nacional, além de aprimorar o avanço econômico do país.