A notória obra literária “Utopia”, do escritor inglês Thomas More, retrata uma sociedade perfeita, padronizada pela ausência de problemas e conflitos sociais. Fora da ficção, a realidade brasileira denota-se contraditória à obra supracitada, uma vez que os maus hábitos alimentares, interligados à inércia governamental, impossibilitam a superação do índice de obesidade. Logo, faz-se necessária a atuação de subterfúgios eficientes, a fim de mitigar esse infortúnio social brasileiro.
Vale salientar, a princípio, as diretrizes que viabilizam, no que tange o corpo social, a alta taxa de obesidade. Nessa perspectiva, é imprescindível elencar que, em função do acelerado ritmo do cotidiano contemporâneo, tornou-se mais atrativo o consumo de alimentos ultraprocessados – os famosos “fast-foods” – e, consequentemente, as práticas alimentares foram negligenciadas. Paralelamente, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, entre os anos de 2003 e 2019, a taxa de obesidade no Brasil dobrou, tendo como principal vínculo o consumo exacerbado de alimentos industrializados. Eventualmente, quando ignorada, a obesidade é capaz de gerar uma série de complicações adjacentes – sejam elas físicas ou psicológicas -, elevando-se a níveis catastróficos e trazendo consigo vários impactos negativos.
Ademais, deve-se ressaltar a ausência, em sua maioria, de medidas governamentais adequadas, as quais visem combater esses obstáculos. Nesse sentido, constata-se que a comunidade nacional tenderá a sofrer com o crescente índice de obesidade, assim como suas consequências, ficando à mercê da inércia governamental. Essa conjuntura, de acordo com os ideais do filósofo contratualista John Locke, configura-se como violação do “Contrato Social”, já que o Estado não cumpre com o seu papel de garantir a todos os cidadãos seus indubitáveis direitos sociais, como o direito à saúde e à qualidade de vida. Sendo assim, é inadmissível que esse cenário continue a perdurar.
Desta forma, infere-se que medidas devem ser tomadas para resolver essa situação. Portanto, é necessária a intervenção do Governo Federal – órgão responsável por gerir e organizar a sociedade -, através do Ministério da Saúde, a fim de estabelecer mecanismos eficientes para o combate da problemática supramencionada. Para tal, esse agente deve criar programas sociais, os quais incentivem, informem e auxiliem a população brasileira frente à importância da adoção de uma metodologia alimentar mais saudável e, subsequentemente, atenue a alta taxa de obesidade. Desta maneira, tencionar-se-á, através dessas medidas, que a sociedade brasileira se aproxime da utopia retratada por More.
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INTRODUÇÃO
Repertório – ok
Contextualização – ok
Apresentação de teses – ok
– Sua introdução está muito boa, você apresenta o tema bem. Fique atento, somente, à repetição de palavras. Você repetiu “sociedade” duas vezes e muito próximo.
DESENVOLVIMENTO 1
– você defende muito bem o seu ponto de vista.
– Atente-se ao “queísmo”, você usou, logo no início, três vezes em um curto espaço: “diretrizes que”, “no que tange”, “elencar que”.
DESENVOLVIMENTO 2
– “Queísmo” também, muito próximo: “já que”, “garantir que”, “inadmissível “que”.
CONCLUSÃO
– Contém os cinco elementos necessários para pontuação máxima: agente, ação, meio, modo e detalhamento.
– Não recomendo usar “através de”. Muitos professores tiram nota porque esse termo dá ideia de algo tangente. Então, substitua por “por meio de”, “por intermédio de” ou “mediante”.
NOTA: 920
C1: 200
C2: 200
C3: 200
C4: 120 – queísmo
C5: 200