No filme “Central do Brasil”, é retratada a história da personagem Dora, uma professora aposentada que escreve cartas na estação de trem do Rio de Janeiro para aqueles cuja dificuldade está voltada à escrita. Fora da ficção, infelizmente, essa é a realidade de inúmeros brasileiros, já que o sistema de educação pública no Brasil enfrenta sérias limitações, não ampliando as oportunidades de aprendizado para muitos. Logo, é necessária a análise dos obstáculos que contribuem para esse triste quadro: a desigualdade regional e a negligência governamental.
Em primeira análise, vale destacar que a disparidade regional intensifica os desafios relacionados à inclusão de todos no sistema educacional público. Segundo o escritor George Orwell, em sua obra “A Revolução dos Bichos”, todos são iguais, mas alguns são mais iguais do que outros. Nesse sentido, em situação análoga a esse pensamento, no contexto atual, vários brasileiros não possuem o devido acesso à educação pública em virtude da desigualdade nas demais regiões no país, uma vez que, por exemplo, alunos em áreas urbanas, muitas vezes, têm acesso a instituições de ensino público de melhor qualidade em comparação com estudantes em áreas rurais, mesmo que todos tenham o direito ao ensino com os recursos necessários para o seu desempenho acadêmico. Diante disso, a discrepância regional resulta no agravamento da exclusão de diversos alunos na formação de suas trajetórias educacionais.
Além disso, convém ressaltar, ainda, o descaso estatal como fator que agrava o cenário de segregação educacional pública no território brasileiro. Conforme a Constituição Federal de 1988, é dever do Estado assegurar o direito à educação de forma obrigatória e gratuita, com as ferramentas necessárias para o pleno desenvolvimento acadêmico de todos os estudantes. Entretanto, nota-se que tal prerrogativa não é cumprida na prática, visto que a falta de investimentos adequados em infraestrutura escolar e a ausência de políticas eficazes para atender a população mais vulnerável refletem um descuido sistêmico que perpetua as desigualdades. Posto isso, enquanto o abandono do Estado se mantiver, o governo permanecerá distante de uma resolução efetiva da inclusão de toda a população no panorama de educação pública.
Portanto, cabe ao governo, órgão responsável por garantir os direitos aos cidadãos e a existência de todos, proporcionar investimentos em infraestruturas escolares em todas as regiões brasileiras de forma igualitária, por meio da alteração na Lei de Diretrizes Orçamentárias -redirecionando verbas para o setor educacional como prioridade -, a fim de assegurar que a população inteira tenha o acesso ao ensino. Ademais, urge que o Ministério Público, encarregado de defender os interesses da sociedade e a ordem jurídica, fiscalize rigorosamente as políticas públicas de acesso à educação no país, por meio da Ação Civil Pública (ACP), para que todos sejam incluídos em uma educação de melhor qualidade possível. Assim, será possível transformar o campo educacional público em um instrumento de equidade e inclusão, garantindo que cada brasileiro tenha a oportunidade de desenvolver seu potencial ao máximo.
brunalivi
Obstáculos da educação pública inclusiva no Brasil
No filme “Central do Brasil”, é retratada a história da personagem Dora, uma professora aposentada que escreve cartas na estação de trem do Rio de Janeiro para aqueles cuja dificuldade está voltada à escrita. Fora da ficção, infelizmente, essa é a realidade de inúmeros brasileiros, já que o sistema de educação pública no Brasil enfrenta sérias limitações, não ampliando as oportunidades de aprendizado para muitos. Logo, é necessária a análise dos obstáculos que contribuem para esse triste quadro: a desigualdade regional e a negligência governamental.
Em primeira análise, vale destacar que a disparidade regional intensifica os desafios relacionados à inclusão de todos no sistema educacional público. Segundo o escritor George Orwell, em sua obra “A Revolução dos Bichos”, todos são iguais, mas alguns são mais iguais do que outros. Nesse sentido, em situação análoga a esse pensamento, no contexto atual, vários brasileiros não possuem o devido acesso à educação pública em virtude da desigualdade nas diversas regiões do país. Por exemplo, alunos em áreas urbanas, muitas vezes, têm acesso a instituições de ensino público de melhor qualidade em comparação com estudantes em áreas rurais, mesmo que todos tenham o direito ao ensino com os recursos necessários para o seu desempenho acadêmico. Diante disso, a discrepância regional resulta no agravamento da exclusão de diversos alunos na formação de suas trajetórias educacionais.
Além disso, convém ressaltar o descaso estatal como fator que agrava o cenário de segregação educacional pública no território brasileiro. Conforme a Constituição Federal de 1988, é dever do Estado assegurar o direito à educação de forma obrigatória e gratuita, com as ferramentas necessárias para o pleno desenvolvimento acadêmico de todos os estudantes. Entretanto, nota-se que tal prerrogativa não é cumprida na prática, visto que a falta de investimentos adequados em infraestrutura escolar e a ausência de políticas eficazes para atender à população mais vulnerável refletem um descuido sistêmico que perpetua as desigualdades. Posto isso, enquanto o abandono do Estado se mantiver, o governo permanecerá distante de uma resolução efetiva da inclusão de toda a população no panorama da educação pública.
Portanto, cabe ao governo, órgão responsável por garantir os direitos dos cidadãos e a existência de todos, proporcionar investimentos em infraestrutura escolar em todas as regiões brasileiras de forma igualitária, por meio da alteração na Lei de Diretrizes Orçamentárias — redirecionando verbas para o setor educacional como prioridade — a fim de assegurar que toda a população tenha acesso ao ensino. Ademais, urge que o Ministério Público, encarregado de defender os interesses da sociedade e a ordem jurídica, fiscalize rigorosamente as políticas públicas de acesso à educação no país, por meio da Ação Civil Pública (ACP), para que todos sejam incluídos em uma educação da melhor qualidade possível. Assim, será possível transformar o campo educacional público em um instrumento de equidade e inclusão, garantindo que cada brasileiro tenha a oportunidade de desenvolver seu potencial ao máximo.
Principais Correções:
Pontos de Pontuação: Ajustei algumas vírgulas e hifens para melhorar a fluidez do texto.
Concordância e Gramática: Corrigi pequenas falhas gramaticais e de concordância.
Clareza: Algumas frases foram reformuladas para tornar o texto mais claro e coeso.
RAFAELvieirallll
Oi, bom dia! Sua redação está ótima, inclusive, suas redações que li aqui no site são muito boas!
Tenho apenas duas observações a serem feitas no seu texto:
OBS 1: Quando você diz “Além disso, convém ressaltar, ainda”, houve emprego redundante de dois conectivos aditivos, o “além disso” e o “ainda”, sendo que só é necessário a utilização de um. Assim, para evitar o plenoasmo vicioso, é interessante a retirada de uma dessas conjunções aditivas para melhor adequação gramatical, por ex.: “Além disso, convém ressaltar o descaso estatal como fator…”
OBS 2: Na conclusão, você mencionou o governo como órgão responsável pelos investimentos em infraestrutura educacional. Para ficar mais claro, seria interessante que especificasse o órgão diretamente responsável por essas ações, por exemplo, o Ministério da Educação.
Essas são minhas considerações para seu texto, eu não vi problemas na coerência nem fuga ao tema, quanto a isso é nota máxima. Continuemos na luta!
EvellynMendes
Obrigada por corrigir! Ficarei mais atenta em relação a isso
Cris1234
Tema: Por que causas o jovem tem se mobilizado atualmente no Brasil?
Historicamente, tem- se observado a evolução das mobilizações de jovens por direitos diversos que, no início, eram reprimidas por inadmissíveis atos de violência física, passando pelas repressões políticas para que este movimento fosse desacreditado. O início da repressão deu-se na ditadura. Ainda bem que, como disse Chico Buarque de Holanda, “apesar de você, amanhã há de ser outro dia” e a ditadura caiu dando lugar à democracia. A partir de então, houve uma evolução das mobilizações, que tornaram-se não apenas movimentos estudantis, mas também, movimentos sociais e cibernéticos, ampliando as formas de manifestação e lutas.
Estas formas de mobilização tem levado os jovens a se concentrarem nos interesses como as causas da saúde, educação, bem como valores de preservação ambiental e dos direitos da comunidade LGBTQIA+. Nota- se que os movimentos evoluíram das lutas internas das universidades para questões mais amplas, demonstrando o amadurecimento dos jovens ao perceberem a dor do próximo e as demandas de diversas partes da população. Isto os levou a lutarem por causas que os artigos quinto e sexto da Constituição Federal descrevem bem. como o direito de igualdade, solidariedade, direito à segurança, educação e saúde, entre outros ali descritos.
Porém, parafraseando Carlos Drummond de Andrade, “no meio do caminho tinha uma pedra, tinha uma pedra no meio do caminho”, temos, ainda, muitas pedras a serem retiradas. A legislação, os direitos e deveres da população ainda são desconhecidos por grande parcela da população brasileira, inclusive nossos jovens. Este fato lembra o texto “Analfabeto Político” de Bertold Brecht, que defende a ideia de que a ignorância política é a raiz de diversos problemas, como o desconhecimento de que, das decisões políticas, depende até mesmo o custo dos alimentos que estão nas mesas, até a mudança comportamental interior, que transforma cidadãos em “prostitutas, ladrões e causam corrupção política”.
Diante disso, é urgente a implantação de políticas que promovam o fortalecimento dos direitos e deveres da população, através de uma ação articulada entre escolas e Ongs, onde serão criadas ações de educação continuada para professores e agentes públicos que terão como missão, educar a população sobre formas de se mobilizarem em torno de suas necessidades. A ação seguinte deve ser implantar o referido projeto nas escolas, incluindo no mesmo, a temática “Quem sou eu”?, que visa estudo e aplicação de ferramentas que possibilitem aos jovens conhecer seus talentos e aptidões a fim de facilitar-lhes o conhecimento das causas que mais se identificam a se mobilizar. Por fim, o projeto deve ser levado à todos os espaços públicos interessados no tema.