Obesidade infantil

Com o avanço técnico das indústrias alimentícias e agricultura, as grande potências tem produzido cada vez mais comida, gerando prosperidade para as nações. Contudo, o avanço tecnológico não trouxe apenas conforto para a sociedade, uma vez que milhões de crianças sofrem da obesidade oriunda dos mais hábitos alimentares. Nesse sentido, esse processo é executado, principalmente, pelos pais, influenciados pela cultura consumista pós moderna. Sob tal ótica, esse cenário desrespeita princípios importantes da qualidade de vida infantil, a saber, a saúde e a integridade física.

Em primeiro lugar, é importante ressaltar que, em função dos hábitos paternos, a mocidade é cada vez mais exposta a uma gama de hábitos alimentares desregulados e compulsivos, consequência direta das ações consumistas dos pais. De acordo com o sociólogo Zygmunt Bauman, no mundo pós moderno o consumo é uma condição indispensável a vida e, os pais sob tal influência desencadeia nos filhos as mesmas ações de consumo, sobretudo, nós hábitos de alimentação. Assim, as crianças tomam como referência os pais, e os cativam a lhes dar comidas com valores exacerbados de açucares e gorduras.

Por conseguinte, vale salientar que uma nutrição desequilibrada tem influência direta na qualidade de vida dos jovens. Ao alimentar-se com produtos ricos em gorduras e açucares, as crianças começam a desenvolver maiores quantidades de massa gorda, além de aumentar o índice glicêmico, fomentando os problemas cardíacos como também uma queda no condicionamento físico. No documentário ”Muito além do peso”, por exemplo, Yan, um garoto de 4 anos, tem suas funções motoras bastante prejudicadas pelo seu peso e hábitos compulsivos de alimentação, impossibilitado de desenvolver uma vida normal de criança. Dessa forma, percebe-se que medidas devem ser tomadas para atenuar esse cenário.

Portanto, são necessárias medidas para mitigar a problemática. Para tanto, as instituições escolares são responsáveis pela educação alimentar e emancipação do alunos, com o intuito de deixá-los cientes dos riscos da má alimentação e torná-los mais ativos para a aquisição de qualidade de vida. Isso pode ser feito pela abordagem temática desde o ensino fundamental, de maneira lúdica e adaptada para cada idade, contando com a participação prévia dos pais acerca de bons hábitos alimentares. Por meio, também, de palestras profissionais das áreas de nutrição e sociologia que expliquem aos pais sob a cultura do consumo, alimentos e como poderão desenvolver uma nutrição de qualidade para se e seus filhos.