O valor da Educação nas transformações sociais do Brasil

Segundo o educador Paulo Freire “Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda”. Entretanto, o contexto do Brasil do século XXI contraria-o, uma vez que o valor da educação na transformação social demonstra-se como uma questão de injustiça, o que desestrutura a base da sociedade brasileira. Diante dessa perspectiva, percebe-se a consolidação de um grave problema, em virtude da falta de interesse do governo e a falta de empatia da sociedade.

Em primeiro plano, é preciso atentar-se pela falta de interesse governamental presente na questão. Conforme Aristóteles, a política tem como função preservar o afeto de uma sociedade. Contrariamente no Brasil, o valor da educação na mudança social não se encontra o auxílio político necessário para ser solucionado, tendo em vista a falta de investimento e os cortes de orçamento na educação, o que dificulta a resolução do problema.

Além disso, outra dificuldade enfrentada é a questão da individualidade. Na obra “Modernidade Líquida” Zygmunt Bauman defende que a pós-modernidade é fortemente influenciada pelo individualismo. A tese do sociólogo pode ser observada de maneira específica na realidade brasileira, no que tange sobre a questão citada, tendo em conta a causa pela falta de empatia da sociedade para com a importância da educação como agente transformador, funciona como um forte empecilho para sua resolução.

Portanto, faz-se necessária uma intervenção pontual do problema. Logo, é necessário que as escolas juntamente com o Ministério da Educação (MEC) exijam do Governo investimento para a educação. Essa exigência deve-se dar por meio da produção de ofícios e cartas de reclamações coletivas a serem entregues nas prefeituras, e também protestos pacíficos nas ruas, para que os princípios constitucionais sejam cumpridos. A partir dessas ações, espera-se promover a construção de um Brasil melhor.