O sistema prisional brasileiro e seus efeitos no século XXI ( Corrijo de volta)

Na obra “Assim na terra como embaixo da terra”, a autora Ana Paula Maia retrata a vida de presidiários em uma colônia penitenciaria e todo o sofrimento físico e psicológico passado por eles. Não longe da ficção, o sistema prisional Brasileiro trás em sua realidade muitos abusos e descasos mencionados na obra. Essa realidade demonstra que os direitos humanos não são levados em conta nos cárceres do Brasil, o que põe em risco a vida dos detentos.

Primeiramente, a infraestrutura precária adicionada à superlotação das celas é sinônimo de hostilidade que gera problemas psicológicos. Segundo dados publicados pelo O Globo, os presídios brasileiros estão lotados 62,2% acima da capacidade. Esse acumulo de pessoas em um mesmo ambiente pequeno, impossibilita higiene adequada, atenção às necessidades individuais por meio de médicos e até dos próprios guardas terem controle do que acontece dentro das celas.

Ainda vale salientar a questão da higiene das mulheres, que, é ainda mais precária tendo em vista as condições especiais como menstruação e gravidez. Isso é retratado na obra “Presos que menstruam”, da jornalista Nana Queiroz. A obra mostra a realidade enfrentada pelas mulheres, onde há falta de absorventes e ausência de acompanhamento ginecológico que é essencial para a saúde da mulher. Sob essas circunstâncias, é inegável que não há cuidado com os detentos e principalmente a atenção diferenciada à mulher, uma vez que se trata de um organismo diferente do masculino.

Em síntese, os cuidados e preservações básicas do ser humano são ignorados dentro da cela e isso fere os direitos humanos. Portanto, torna-se urgente por intermédio do governo a expansão das unidades carcerárias para que possa dividir melhor a quantidade de presos nas celas, pois isso geraria maior controle do que se passa dentro delas. Também deve haver mobilização do ministério da saúde, para que envie médicos e materiais necessários para que a saúde seja garantida dentro da prisão, assim, respeitando esse direito universal. Dessa forma, a realidade apresentada nas prisões mudaria gradativamente, tornando raros os casos dos personagens de “Assim na terra como embaixo da terra”.