A Lei de Execução Penal (LEP), código 7210/84, dispõe no artigo 10 que a assistência ao preso e ao internado é dever do Estado, tendo como objetivo prevenir a ocorrência de crimes e orientar o retorno à convivência em sociedade. Entretanto, na prática, não é verossímil com o contexto prisional brasileiro, o mau funcionamento deste é responsável por causar graves efeitos. Nessa perspectiva, cabe avaliar os fatores que circundam esse cenário e fornecer meios para superar de imediato os desafios.
A priori, o sistema prisional do país não possui condições de infraestrutura adequadas,
bem como, uma organização burocrática em decadência. Podemos citar estudos realizados
pelo levantamento de Informações Penitenciárias (INFOPEN), no ano de 2016, que expôs que a taxa de ocupação dos presídios era de 197%, sendo que nesse mesmo ano 40% não
eram condenados. Sob este prisma, é essencial a agilidade do processo de condenação juntamente como meios alternativos de penalidade. A fim de evitar a formação de facções e a progressão de criminosos de maior risco.
Adicionalmente, o jurista Evandro Lins e Silva citou “Hoje, a prisão não regenera nem socializa ninguém. Ela corrompe, avilta, deforma embrutece. É uma máquina de
reincidência”. A partir disso, é possível fomentar que a ausência de meios que proporcionem a reinserção dos detentos no corpo social causa danos ao Brasil, pois favorece a continuidade do ciclo de violência e aplicação de gastos que poderiam ser investidos na educação ou saúde,
por exemplo.
Infere-se, portanto, a necessidade de formas para amenizar os efeitos. Desse modo, os
três poderes devem intervir nessa problemática, sobretudo, o Judiciário agilizando os julgamentos e proporcionando a ampliação de alternativas de cumprimento de pena, por exemplo, regime aberto em prisão domiciliar. Ademais, o Ministério da Justiça e Segurança Pública deve investir na criação de um espaço para trabalho e incentivar os empresários a oferecer oportunidades de emprego nas instalações das prisões. Assim a LEP não seria apenas utopia, mas sim cumprimento da Constituição Federal.
marialauraoliveira
Competência 1: 180
Competência 2: 160
Competência 3: 160
Competência 4: 120
Competência 5: 100
Ótimo domínio da norma culta, mas cuidado para não exagerar no uso de palavras incomuns do dia a dia, levando em conta que o ENEM é uma prova de ensino médio, então não se preocupe em mostrar palavras robuscadas. Acho que não tem a necessidade de colocar o código de lei e nem o que diz exatamente e sim o que interessa nela. Ao invés de dizer ´´Podemos citar estudos realizados “, use ´´ Segundo dados …“. Desenvolva melhor sua introdução, pois é ali que você irá apresentar seu texto então fale sua alusão, diga o que ela tem a ver com o tema e problematize com o que você irá apresentar nos parágrafos de desenvolvimento. Foco também no último parágrafo para fechar com chave de ouro, então diga quem, o que, como e para quê com detalhamento abordando o que foi problematizado. Fora isso, parabéns, continue assim.
Yaradias
Faltou desenvolver melhor a introdução, adicionar uma contextualização + tese.
No desenvolvimento 1 você utilizou a palavra “podemos”, primeiro pessoa do plural. É bom evitar tendo em vista que a redação do Enem é escrita em terceira pessoa.
A conclusão precisa ser detalhada der acordo com agente + ação, modo/meio, detalhadamente e finalidade. Ademais, foi um bom texto.
Chokmah
Caro Avicii, tudo bem? Muito bacana sua redação, conseguiu desenvolver uma excelente argumentação defendendo o posicioamento sobre um tema tão controvérsio que é o sistema carcerário brasileiro , com argumentos consistentes. Todavia, devo salientar que na introdução você não apontou o tema+ tese . Lembre-se, na introdução devem ser mencionados os temas que serão abordados no texto, ou problema, de modo a situar o interlocutor, uma introdução adequada de um texto dissertativo-argumentativo deve apresentar pelo menos os seguintes elementos… Primeiro: A explicitação do problema de forma contextualizada. Segundo;a tese que é a afirmação ou negação de uma opinião baseada em argumentos sólidos, como citações ou alusões de autoridade. Cbe ressaltar que na introdução é que você conseguirá sintetizar a ideia que será defendida, com dados, estatísticas e números, ademais, conclusão não teve o êxito almejado, visto que não elaborou a proposta completamente e nem retomou a tese abordada na introdução.
Critérios ENEM:
I = Bom domínio da língua portuguesa com poucos desvios = 190
II = Bom domínio do estilo dissertativo-argumentativo e considerações consistentes = 160
III = Defende um ponto de vista com informações, fatos e opiniões de forma consistente e organizada, configurando autoria = 170
IV = Tem um repertório diversificado de recursos de coesão, articulando bem o texto, apresentando poucas inadequações = 120
V = Proposta insatisfatória ou não articulada com a argumentação desenvolvida = 70
TOTAL = 710.
Abraços
Giovannafts
Olá, gostei bastante do seu texto e com base nos meus estudos vim só fazer uma observações.
. Faltou desenvolver melhor, na introdução, as frases genéricas argumentativas , pois achei muito sintetizadas. E possui uma boa contextualização e tese, parabéns.
. Nos desenvolvimentos, deve-se atentar ao uso da vírgula como, por exemplo, em “. A fim de…”, penso que seria mais adequado vírgula ao invés de ponto para prosseguir a ideia dita anteriormente, ademais, vírgula em relação aos conectivos também. Se sentir dificuldade, faça períodos curtos, prefira a ordem direta. Há uma ótima posição crítica.
. Por fim, na conclusão é aconselhável no início retomar ao que foi dito na introdução, dando uma ideia de ciclo textual. Faltou detalhar mais a conclusão, de acordo com os 4 elementos fundamentais: Agente, Ação, Modo e Efeito , isso dará uma ideia mais clara e objetiva para os corretores sobre sua proposta de intervenção. Qualquer coisa pode entrar em contato.