O documentário “Sem Pena” conta a história de diversos presidiários, de injustiças que ocorrem nos presídios, da ineficácia do sistema e da precariedade das prisões brasileiras. Infelizmente o documentário retrata a realidade do Brasil, que mesmo nos dias atuais tem o sistema prisional em colapso. As prisões acabam por ser uma escola do crime e os presos não conseguem se reinserir na sociedade após o cumprimento de suas penas, e mesmo sabendo da ineficácia o governo prefere fechar os olhos ao invés de buscar por soluções.
Em primeiro plano, nota-se a precariedade dos presídios, que se veem cada vez mais lotados, sem o mínimo de organização e eficácia. Quanto mais lotadas as prisões, mais baratos os detentos se tornam, além de que os presos costumam ficar juntos (independente do crime cometido), assim, quem rouba um leite cumpre pena com um assaltante de banco, tornando fácil o aprendizado e aprimoramento em novos crimes. Ademais, a falta de higiene e deterioração das celas é evidente, dessa forma, os presos lutam pela sobrevivência.
Consequentemente, a situação acaba por se tornar um ciclo, já que após o cumprimento de suas penas os ex-detentos não conseguem se reinserir na sociedade e acabam voltando a cometer crimes para conseguir sobreviver. A realidade é que ninguém quer contratar uma pessoa que possui antecedentes criminais, mas, dessa forma e sem um plano do governo o mundo dos crimes nunca decai. Logo, o sistema prisional deixa de fazer sentido, já que ao contrário de punir de forma humana e tornar as pessoas melhores, cria bandidos mais experientes e sem perspectiva de vida.
Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. O Ministério da Justiça e Segurança Pública junto deve criar por meio de um projeto de lei entregue a câmara dos deputados, um plano de ação onde mais presídios serão construídos e os detentos serão alojados de acordo com o crime cometido, vivendo com condições adequadas segundo o que é assegurado pelos direitos humanos. Ainda, o governo deve criar um projeto, onde oportunidades de emprego serão dadas aos presos assim que concluírem o cumprimento de suas penas. Dessa forma, os detentos terão condições dignas de sobrevivência e novas oportunidades para conseguirem se reinserir na sociedade.
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Olá, boa tarde! Gostei muito da sua redação.
Algumas dicas:
Linhas 6-7: evite usar linguagem coloquial como “… o governo prefere fechar os olhos…”
Linha 10: “…se tornam, além de que os presos costumam…” na minha opinião, seria mais interessante redigir da seguinte forma: “se tornam. Além disso, os presos costumam…”
Linha 11: “…quem rouba um leite cumpre…” leite é um substantivo incontável, então é necessário especificar a quantidade. Ex: um litro, uma caixa.
Linha 19: Acredito que a redação correta desse trecho seria “…criminais, mas, dessa forma e sem um plano do governo, o mundo dos crimes nunca…”
Linhas 24 a 26: A sua proposta de intervenção é a criação de uma lei que separa os detentos conforme o crime. Vale lembrar que a Lei de Execução Penal (7.210/84) já prevê tal separação nos presídios brasileiros, sendo assim, o motivo da problema vivenciado atualmente é a superlotação carcerária, e não a falta de uma norma regulamentadora.
Uma dica para as próximas redações desse tema é a leitura de alguns documentos como o Plano Nacional de Política Criminal e Penitenciária, o qual traz medidas despenalizadoras como possível solução para o problema da superlotação.
No mais, parabéns pela redação.