O problema da obesidade no Brasil

A Organização Mundial da Saúde aponta que até 2025, o número de obesos no mundo será de 2,3 bilhões. Já no Brasil, particularmente, estima-se que até 2030 o número daqueles atingirá trinta por cento. Além disso, mesmo com a ampla divulgação midiática e procura de academias, é notável a persistência do problema no país. Por isso, é essencial discorrer sobre os impactos e as causas da temática.

Em primeira análise, esta perpassa, primeiramente, a esfera governamental. Isso porque, é nítido que só a implementação de academias populares ou de bicicletas urbanas não é suficiente. Tal fato se aplica, porque sendo a obesidade uma doença crônica, recai também sobre a saúde mental, haja vista a culpabilização e preconceito- principalmente ao sair nas ruas. Assim, não basta agir só em favor do estereótipo. Ademais, é perceptível que o lado psíquico sofre omissão do poder público, em vista do número quase nulo de alas terapêuticas online- cujo papel é trazer acolhimento e acessibilidade. Logo, é viável conciliar tanto o lado estético quanto o emocional, a fim de mitigar o elevado índice do grupo no país.

Em segunda analise, a não aceitação no coletivo reforça o isolamento, sendo um entrave para a busca de ajuda médica. O programa americano ‘’Quilos Mortais’’, por exemplo, reforça isso ao mostrar as humilhações- como olhares maldosos- quando os pacientes vão para lugares como supermercados e parques. Nele é possível perceber ainda- um histórico muito forte de depressão, ansiedade, síndrome do pânico entre outros transtornos. Assim, analogamente, os pacientes brasileiros, com a rejeição e seu histórico são dissociados do convívio- o contrário daquilo que Durkheim chama de sociedade. Logo, a doença cresce na pátria e por isso, são necessárias medidas de saúde mais  factuais que gerem uma melhor qualidade de vida e mudança no olhar depreciativo da população.

Por conseguinte, com intuito de atuar no lado estético e mental, além de diminuir a intolerância, é imprescindível que o Ministério da Saúde crie o programa ‘’Bem Mais Vida’’. Ele contará com propagandas inclusivas e ainda com um espaço online para orientação nutricional e terapêutica durante o ano todo. Além disso, o mesmo terá ainda atendimento móvel em todo território, isso porque depois da perda de peso haverá a cirurgia bariátrica. Dessa forma, será possível reverter a estimativa esperada para 2030.