O poder transformador da leitura (ENEM, 2006)

Durante a Idade Média era comum encontrar em grandes cidades apenas uma única Bíblia. Tal anomalia impossibilitava o aprofundamento acerca desse livro religioso, visto que, por sua inacessibilidade, a população era estimulada a crer nas palavras dos líderes religiosos. Contanto, na atualidade, com enormes livrarias espalhadas por todo lado, a maioria da população pouco se importam pela leitura. Diante dessa situação, convém discutir os agravamentos desse quadro.

Conforme dito por Monteiro Lobato: “Quem mal lê, mal ouve, mal fala e mal vê”. Portanto, de acordo com a citação do escritor infatojuvenil, a distância entre a leitura e uma pessoa está relativamente ligado com o seu desenvolvimento intelectual, pois cada livro modifica o leitor, e dessa maneira, aquele que muito pouco lê, muito pouco sabe alguma coisa. Então, é inadmissível vivermos em uma sociedade em que o acesso aos livros seja livre, mas, poucos utilizarem tal material.

Vale ressaltar, ainda, a diversidade de livros existentes sobre miríades de assuntos, no entanto, ocorre-se uma indiligência, visto que, com uma Biblioteca Nacional no Rio de Janeiro com nove milhões de acervos, o brasileiro lê em média 2,43 livros por ano, de acordo com dados do Instituto Pró-Livro. Diante do exposto, é arcaico uma população segregar tanto conhecimento, pois logo, se tornaria indubitável a existencia de tal estabelecimento literário.

Salienta-se, portanto, que é retrógado a situação atual, logo, o Ministério da Educação deve implantar uma matéria de leitura adjunto da disciplina de Língua Portuguesa do Ensino Médio, com a inclusão de uma carga horária para os estudantes estarem lendo e fazendo fichamento dos livros como forma avaliativa. Assim, espera-se com isso, uma altíssima taxa de leitores no Brasil, contribuindo para despertar o desejo por ler, para que, a partir dessas ações, promova-se melhorias na educação.