O papel das olimpíadas na desconstrução do machismo no ambiente esportivo

Na Série Grey ‘s Anatomy, Cirurgião Dereck Shepherd, não confiava em sua companheira e em sua irmã para desenvolverem o mesmo trabalho que ele, pelo fato delas serem mulheres. Fora da ficção, esse fato se reproduz em várias áreas, como por exemplo nas Olimpíadas, onde a performance e técnica das atletas estão condicionadas a uma visão machista que as inferioriza. No mundo inteiro, isso também é um problema que atravessa séculos, sendo assim, é necessário que medidas sejam tomadas para a solução desse impasse.

O Japão se destaca em várias esferas de desenvolvimento, mas quando o assunto é o tratamento dado às mulheres, isso ainda é uma questão, visto que o país mantém uma visão machista que as inferioriza e negligencia. Segundo o ranking global de igualdade de gênero divulgado em março pelo Fórum Econômico Mundial (WEF), os japoneses ocupam a posição 120 de um total de 156 países analisados. Nas Olimpíadas 2021 realizada em Tóquio, houveram várias polêmicas envolvendo o machismo. Porém, esse é um problema que o mundo inteiro enfrenta a muito tempo, devido a uma construção social que condiciona a mulher a uma visão apenas de reprodução, sexualização e trabalho doméstico. 

No entanto, estamos caminhando lentamente para a solução desse problema. A primeira vez que todas as delegações tiveram atletas mulheres nas Olimpíadas foi em 2012, sendo que os jogos já acontecem desde 1896. Outra questão é a sexualização dos corpos das atletas, onde em muitas modalidades, os uniformes são usados de forma a erotizá-las. A ginasta alemã Sarah Voss abandonou o maiô cavado numa competição europeia neste ano e apareceu com um macacão de corpo inteiro para se posicionar contra a “sexualização na ginástica”, ato seguido por colegas. Por isso, infere-se que é necessário que medidas sejam tomadas para a solução do problema.

Portanto, a confederação das Olimpíadas deve melhorar o tratamento que dão ás atletas participantes desse espetáculo, dando a elas espaço para desempenharem suas técnicas e performances,  autonomia para decidirem qual uniforme querem usar, e direitos iguais aos atletas masculinos, isso deve ser feito por meio de políticas públicas que assegurem esses direitos a elas, fazendo com que isso se reflita na desconstrução do machismo dentro e fora do ambiente esportivo