O impacto dos influenciadores digitais na formação dos jovens

Durante o regime militar brasileiro, havia uma influência governamental na mídia por meio da censura, afim de moldar a opinião pública a favor do estado. Na contemporaneidade, em que internet se estabeleceu como principal meio de comunicação, estão inseridos os influenciadores digitais, pessoas nas quais dominam uma viabilidade maior sobre o público, principalmente o juvenil. Gradativamente, há uma interferência dessas celebridades virtuais na formação dos jovens brasileiros, cada vez mais conectados nas redes sociais.

      Em primeira análise, é importante destacar o impacto que os influenciadores geram em seu público, atuando como formadores de opiniões e articulando os processos de interculturabilidade. Em razão disso, se espera uma conduta prudente em seus posicionamentos e publicações, diante da reponsabilidade desses indivíduos na formação do caráter de seus seguidores. Recentemente, houve uma polêmica envolvendo a blogueira Gabriela Pugliesi, que durante a pandemia do Covid-19, desrespeitou o isolamento social ao realizar uma festa em seu apartamento, e logo em seguida foi duramente criticada. Dessa forma, os influênciadores podem contribuir negativamente na formação do jovem.

      Por conseguinte, as empresas vêm investindo nas celebridades virtuais a divulgarem seus produtos, em virtude do poder de persuadir facilmente os usuários, afim de alcançar um grande público consumidor dos produtos divulgados. De acordo com o filósofo Zygmund Bauman, o mundo globalizado possibilitou novas formas de interação, no entanto, abriu portas para a manipulação e alienação. Assim, se estabelece um controle  dos influenciadores sobre o que é consumido pelo público.

      Infere-se, portanto, que o impacto dos influenciadores digitais na formação dos jovens brasileiros vem se manifestando de maneiras negativas. Portanto, é necessário que os pais estejam por dentro daquilo que é consumido pelos filhos nas mídias sociais e alerta-los sobre a manipulação que existe na internet afim de estimular o consumismo. Ademais, devem também incentiva-los a desenvolver pensamento próprio, e não serem influenciados inconsequentemente. Espera-se assim construir uma juventude mais crítica e saudável, impedindo que sejam alienados pela mídia.