O hábito de leitura entre os jovens

No filme “O menino que descobriu o vento”, é apresentada a estória e um garoto que, apesar das inúmeras dificuldades que lhe foram impostas, consegue transformar a realidade de sua comunidade através da leitura, salvando assim a sua aldeia da fome. Também aqui no Brasil, em que a realidade em muito se parece com a da obra cinematográfica, enfrentamos adversidades parecidas, em que a falta de bibliotecas nas escolas, aliado à uma sociedade desinteressada na prática da leitura, impede que muitos jovens conheçam e trilhem novos caminhos e transformem assim suas realidades.

Primeiramente, faz-se importante destacar que a falta de acesso aos livros é um grande impedimento para que os jovens não leiam mais. Nesse sentido, de acordo com uma pesquisa do Ibope, entre os anos 2007 e 2011, a taxa de leitura entre a juventude diminuiu, sobretudo entre os mais novos, dos 5 aos 10 anos de idade. Ademais, isso acontece principalmente pela falta de bibliotecas, sobretudo nas escolas públicas, e com maior incidência nas regiões Norte e Nordeste, onde muitos gestores não estão cumprindo com suas obrigações para com a educação, e isto de acordo com índices dos próprios veículos de informação do governo.

Não obstante a esta situação, vemos uma cultura massivamente televisiva e que enxerga a leitura como atividade puramente intelectual ou até mesmo sem nenhum valor prático, quando vemos que na realidade não é nem de longe verdadeiro, já que a atividade da leitura pode proporcionar diversos benefícios às pessoas e à sociedade de uma maneira geral. Este problema pode ser enxergado em pesquisa do Banco Mundial, do ano de 2018, que mostra que muitas pessoa não leem por falta de tempo, mostrando que esta é uma atividade visto apenas como passa-tempo.

Assim sendo, medidas são necessárias para resolver estes problemas, e cabe ao Ministério da Educação, por meio das Prefeituras e Estados, a construção, ampliação e reforma de diversas bibliotecas, sobretudo nas localidades de difícil acesso, e através de parcerias com as editoras, além de incentivo fiscal e adoção da obra de mais autores de língua portuguesa, de modo a dar maiores oportunidades a jovens de adentrar no mundo da literatura. Dessa forma, traríamos à tona mais pessoas como a do garoto do filme retratado, que transformariam para melhor a sociedade.