O hábito de leitura entre os jovens

         O saber letrado por muitos séculos permaneceu restrito a uma pequena parte das sociedades, às elites. Com a modernização as camadas mais baixas da população foram possibilitadas de usufruir de tal regalia. Entretanto, é notável o desinteresse de boa parte dos jovens, com os hábitos da leitura de livros, o que consequentemente favorece para que o Brasil permaneça em 57º posição na lista mundial de educação, elaborada pelo Programa Internacional de Avaliação do Aluno(PISA). Mediante essas divergências faz se necessário a reflexão dos fatores que favorecem esse quadro.

            Em primeira analise, deve-se ressaltar a ausência de projetos e o descaso do Estado com a educação publica. Nesse sentido, pode-se perceber um significativo aumento no número de jovens que leem apenas para fins escolares como provas, trabalhos e seminários. Essa situação na visão do filosofo  Immanuel Kant configura-se como a permanência do ser humano na “menoridade”,  que segundo ele é o estado de desconhecer outras informações que impede o desenvolvimento autônomo de pensar.

      Ademais, é importante frisar que a ausência de incentivo dos pais e instituições de ensino podem acarretar diversos problemas como o abandono da vida escolar. De acordo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística,  “20% dos jovens com idades entre 14 e 29 anos, não tinham terminado alguma das etapas da educação básica”, problematicamente a maioria dos jovens acabam não tendo oportunidades equitativas devido a inúmeros problemas sociais e econômicos seja para ir a escola ou para manter o hábito da ler

            Depreende-se, portanto, a necessidade de se combater essas dificuldade, para isso, é imprescindível que o Ministério da Educação  em parceria com as escolas, elaborem o projeto “livro periférico” que visa a criação de projetos de leituras e construção de mais bibliotecas em zonas periféricas, estimulando os jovens a analisar os livros de forma crítica e imaginativa. Além disso a presença efetiva dos pais faz-se imperiosa para fortificação do hábito de leitura. Assim se consolidara uma sociedade mais letrada, onde as pessoas superam a “menoridade”, como afirma Immanuel Kant.