A constituição federal de 1988, documento mais importante do país, prevê e seu artigo 6°, o direito a saúde como inerente a todo cidadão brasileiro. Conquanto, tal prerrogativa não tem se reverberado com ênfase na prática quando se observa o estigma associado às doenças mentais na sociedade brasileira, dificultando, deste modo, a universalização desse direito social tão importante. Diante dessa perspectiva, faz-se imperiosa a análise dos fatores que favorecem esse quadro.
Em primeiro plano, deve-se ressaltar a ausência de medidas governamentais para combater o aumento do índice de doenças mentais no país. Nesse sentido, nota-se a falta de empatia do governo para com os portadores dessas doenças, que são deixadas em segundo plano, ou seja, não são vistas como um problema, diferentemente das que são fisicamente visíveis. Essa conjuntura, segundo as ideias do filósofo contratualista John Locke, configura-se como uma violação do “contrato social”, já que o Estado não cumpre sua função de garantir que os cidadãos desfrutes de direitos indispensáveis, como a saúde, o que infelizmente evidente no país.
Ademais, é fundamental apontar a mídia como impulsionadora da diminuição das relações sociais presenciais no Brasil. Segundo uma pesquisa feita pela OMS, da população mundial que possuem depressão, aproximadamente 4% está localizada no Brasil. Diante de tal exposto, é visível que o papel da mídia é primordial para o aumento desse número através de fake news, propagação de ódio e preconceito, tudo isso contribui para o surgimento das doenças mentais nos usuários que constantemente expostos a essas informações. Logo, é inadmissível que esse cenário continue a perdurar.
Depreende-se, portanto, a necessidade de combater esses obstáculos. Para isso é imprescindível que o Governo Federal, juntamente com os âmbitos municipais, por intermédio da criação de linhas de comunicação para o atendimento imediato das doenças mentais, com informações de como lidar com a situação e qual a melhor atitude a se tomar. Somado a isso, a imposição de algoritmos para o controle da informação para selecionar o melhor conteúdo para os usuários da grande mídia, a fim de melhorar o atendimento e conter o aumentos desses transtornos. Assim, se consolidará uma sociedade mais virtuosa, onde o Estado desempenha corretamente seu “contrato social”, tal como afirma John Locke.
marcelowpires
Bom dia, Gustavo. Gostei bastante da sua redação. Superficialmente, ela segue o que o Enem nos pede e traz citações, alusões a outras áreas do conhecimento e um bom detalhamento. Porém, senti falta de você ter um pouco mais de cuidado com a ortografia e continuidade, principalmente na conclusão. Sua proposta de intervenção está de acordo, porém há muitas repetições, fazendo com que o entendimento seja precário e a leitura precise ser refeita algumas vezes. Eu te indicaria ser um pouco mais direto, por exemplo (utilizando sua própria conclusão):
“Contudo, a necessidade de combater esses obstáculos torna-se imprescindível. Para tal ação, o Governo Federal, junto com âmbitos municipais, precisa criar linhas de comunicação para o atendimento da população, trazendo informações sobre como lidar com a situação da melhor forma possível…”
Na conclusão, normalmente eu, Marcelo, acho fundamental citar o tema proposto, para que fique claro que apesar de trazer outras questões, não fugi do ideal pedido pelo exame. Vi que na sua redação o estigma (principal conteúdo) esteve um pouco de fora, por isso, eu finalizaria falando sobre como tais medidas serão fundamentais para que a população em massa possa deixar para trás o estigma relacionado a doenças mentais.
Quanto a alguns erros, acredito que sim, eles irão atingir sua nota final, porém, lembre-se que sua redação não é só detalhes, mas sim conteúdo. Então, não acho que haverá grande desconto.
Mas essa é minha opinião, visto que assim como você, também estou em busca de melhorar minha escrita. Boa sorte.
AndrieleCastro
Sua redação encontra-se abaixo corrigida, com as correções em caixa alta:
A constituição federal(COMO VOCÊ JÁ DISSE, DEVE ESTAR EM MAIÚSCULO) de 1988, documento mais importante do país, prevê e(EM) seu artigo 6°, o direito a(À) saúde como inerente a todo cidadão brasileiro. Conquanto, tal prerrogativa não tem se reverberado com ênfase na prática(,) quando se observa o estigma associado às doenças mentais na sociedade brasileira, dificultando, deste modo, a universalização desse direito social tão importante. Diante dessa perspectiva, faz-se imperiosa a análise dos fatores que favorecem esse quadro.
Em primeiro plano, deve-se ressaltar a ausência de medidas governamentais para combater o aumento do índice de doenças mentais no país. Nesse sentido, nota-se a falta de empatia do governo para com os portadores dessas doenças, que são deixadas em segundo plano, ou seja, não são vistas como um problema, diferentemente das que são fisicamente visíveis. Essa conjuntura, segundo as ideias do filósofo contratualista John Locke, configura-se como uma violação do “contrato social”, já que o Estado não cumpre sua função de garantir que os cidadãos desfrutes de direitos indispensáveis, como a saúde, o que infelizmente evidente no país.
Ademais, é fundamental apontar a mídia como impulsionadora da diminuição das relações sociais presenciais no Brasil. Segundo uma pesquisa feita pela OMS, da população mundial que possuem depressão, aproximadamente 4% está localizada no Brasil. Diante de tal exposto, é visível que o papel da mídia é primordial para o aumento desse número através de fake news, propagação de ódio e preconceito, tudo isso contribui para o surgimento das doenças mentais nos usuários que constantemente expostos a essas informações. Logo, é inadmissível que esse cenário continue a perdurar.
Depreende-se, portanto, a necessidade de combater esses obstáculos. Para isso é imprescindível que o Governo Federal, juntamente com os âmbitos municipais, por intermédio da criação de linhas de comunicação para o atendimento imediato das doenças mentais, com informações de como lidar com a situação e qual a melhor atitude a se tomar. Somado a isso, a imposição de algoritmos para o controle da informação para selecionar o melhor conteúdo para os usuários da grande mídia, a fim de melhorar o atendimento e conter o aumentos desses transtornos. Assim, se consolidará uma sociedade mais virtuosa, onde o Estado desempenha corretamente seu “contrato social”, tal como afirma John Locke.
Comentário: sua redação está excelente, mas não quero lhe preocupar, acho que você não focou muito em “estigma”. O tema da redação pede foco nesta palavra, ou seja, as “marcas”, os “preconceitos” e visões negativas direcionadas a estas doenças ou à pessoas que sofrem com estes transtornos. Espero que os corretores não considerem como fuga de tema. Se assim for, você tirará uma excelente nota, pois há poucos erros gramaticais, foram ótimas as suas teses, seus repertórios e tem uma ótima proposta de intervenção.
Observação: desculpa por, talvez, ter lhe deixado preocupado com relação a fulga do tema. Espero que foque na prova do segundo dia, não se preocupe mais com a prova passada, porque isso pode afetar seu desempenho na segunda prova, se concentre e não fique tão pressionado. Tenha calma, porque a ansiedade atrapalha mais do que a falta de conhecimento. Boa sorte nas provas. Espero que tire ótimas notas.