IREI CORRIGIR A REDAÇÃO DE VOLTA- O estigma associado as doenças mentais na sociedade brasileira

Na metade do século XX, a ONU criou a Declaração Universal dos Direitos Humanos, a qual diz que todo indivíduo tem direito à saúde e bem-estar social. Entretanto, infelizmente, o estigma associado às doenças mentais na sociedade brasileira assola cada vez mais a população, pela falta de amparo do estado e a precariedade das instituições de ensino. Logo, é indubitável a necessidade de melhorias no quadro atual.

Sob esse viés, nota-se a precariedade das instituições de ensino. A partir disso, uma pesquisa realizada pelo jornal Folha de São Paulo relatou, que aproximadamente 30% da população sofre com alguma doença mental, como ansiedade e depressão, sendo que 80% dos casos são de jovens entre 15 e 17 anos, os quais não recebem ajuda das escolas e, assim, acabam utilizando medicamentos erroneamente, podendo gerar seu óbito ou lesões graves e permanentes no cérebro.

Ademais, cabe salientar que os problemas não se encontram apenas nas redes de educação, estando ligada a outras questões, como a falta do amparo do Estado. É claramente evidenciada, a necessidade de clínicas especializadas, no tratamento psicológico, gratuitas para fácil acesso de toda a sociedade, principalmente da população que reside em áreas de periferias. Parafraseando o filósofo e sociólogo Gilberto Dimentes, na célebre obra ” Cidadão de papel”, nem sempre o Estado cumpre com suas leis, o que desencadeia uma sociedade com amparos e direitos reconhecidos apenas no papel. Assim, torna-se evidente a necessidade de um olhar mais apurado sobre essa problemática.

Portanto, medidas são necessárias para resolver o quadro atual. Para a conscientização da população brasileira a respeito do problema, urge que o Ministério da Educação, obedecendo o Estatuto da Criança e Adolescente (ECA) crie normas que obrigarão psicólogos recém formados a trabalharem ,remuneradamente, em instituições de ensino por pelo menos um ano. Essa iniciativa deverá ser entregue à câmara de deputados, a qual irá, por sua vez, patrocinar a proposta com verbas governamentais- que sairão dos impostos pagos pelos cidadãos- para que, assim, as crianças e adolescentes tenham amparo dos órgãos competentes à respeito das doenças mentais e dessa maneira a sociedade finalmente comece à respeitar a declaração regida pela ONU.