O estigma associado as doenças mentais na sociedade brasileira

Segundo o psicólogo Abraham Maslow em sua “Pirâmide das Necessidades”, é necessário ao ser humano um bom condicionamento físico e mental para que seja mantido o equilíbrio do corpo. Todavia, é notório que os indivíduos que possuem doenças mentais são discriminados pela população e pelo Estado, que não oferecem suporte aos doentes, deixando marcas que repercutem na vida cotidiana.

De início, é válido salientar que as pessoas com doenças mentais são tratadas como uma mancha indesejada pela sociedade. A partir disso, por haver a busca constante por aprovação, o bullying, o descobrimento sexual e as dúvidas referentes a carreira futura, o êxtase desse período acaba por influenciar no surgimento de problemas psicológicos. Porém a ignorância e irrelevância à essa situação, compete na dúvida ao expressar os sentimentos e na descrença da ajuda, principalmente famíliar. Esse cenário pode ser facilmente associado ao dito pelo teórico Aristóteles em sua obra “Política”, em que quanto mais comum é uma coisa, menos cuidado ela recebe. Sendo essa análise similar a realidade atual, em que não há a devida atenção sobre essa problemática.

Além disso, a ineficiência governamental em promover ações de auxílio aos doentes influência negativamente o problema. Dessa maneira, por ser um assunto inviabilizado, os doentes não recebem a devida importância e preocupação do governo. Tal realidade foi representada no longa “Coringa” de 2019, em que Arthur Fleck trilha sua caminhada para se tornar o maior vilão ficcional de todos os tempos, tendo a perda do atendimento psicológico gratuito ao personagem influenciado na sua dificuldade de manter relações interpessoais. Deixando claro, assim, que o atendimento gratuito é de suma importância para quem não pode custear, mas não é abordado com a devida importância pelo Estado.

Portanto, é evidente que por não serem tratados como doenças sérias pelas células sociais, as doenças psicológicas continuam aflingindo a população. Logo, cabe ao Estado criar um projeto para que haja o mais repasse de verbas ao Ministério da Saúde, sendo essas verbas voltadas ao aperfeiçoamento do atendimento gratuito aos indivíduos afetados psicologicamente, além da qualificação dos profissionais já atuantes e da inserção de psicólogos no centros acadêmicos, para que as crianças cresçam e tornam-se adultos saudáveis psicologicamente, mantendo o equilíbrio corpo, assim como propõe a Pirâmide das Necessidades.