O estigma associado às doenças mentais na sociedade brasileira

O caso do jovem artista Vinícius Gageiro Marques de codinome Yonlu, o qual faleceu devido a um suícidio assistido na internet, denota a forte presença de problemas mentais e de ordem psicológica em dissonância com o permanente preconceito que pauta o ideário popular acerca dessas questões. O estigma popular com relação aos que padecem de doenças mentais é totalmente execrável e se mantém devido a minimização da problemática no debate público e também devido a uma inicial ignorância com relação ao assunto.
A priori, a delicada questão dos doentes mentais ser minimizada promove a perda de um debate sério acerca de uma questão urgente. Segundo a OMS, a depressão e a ansiedade são considerado os males do século e estão em curva crescente. Sendo assim, o tratamento negligente com relação a esses males só tende a intensificar o problema e marginalizar o doente, tratando-o como um pária ou então como um fraco.
Ademais, uma discussão pautada primordialmente por crendices infundadas e massivo desrespeito com relação ao doente só tende a agravar o estado dele. Em consideração ao que tange o pensamento geral da sociedade brasileira, amarga-se arraigado nos popularescos ditos a triste reputação de estorvo que se concede ao doente, que por vezes acaba sendo tratado com violência. Ou então, quando se há respeito, baseiam o tratamento em métodos não científicos o que incluem religiosidade, ocupação, etc.
Em suma, o debate público brasileiro acerca das doenças e dos doentes mentais deve evoluir e abandonar sua raiz discriminatória. Destarte urge que as Prefeituras promovam a educação acerca dos problemas mentais para todas as idades por meio de palestras em escolas e centros comunitários e propagandas em rede pública de rádio, televisão e na internet para que a exclusão e o estigma que os adoecidos amargam possa ser extinta, para que casos como o do Yonlu não mais se repitam no Brasil.