O estigma associado as doenças mentais ( deixem nota pfv )

No filme desenvolvido pela DC Comics, O protagonista da trama Arthur Fleck, sofre de um transtorno mental que o faz ter episódios de riso exagerado e descontrolado, motivo pelo qual é frequentemente atacado nas ruas. Em consonância com a realidade de Arthur, está a de muitos brasileiros portadores de doenças psíquicas, nesse contexto onde a falta de apoio governamental e o preconceito a tais indivíduos ainda se mostra muito presente no corpo social, com isso, resultando no estigma associado as doenças mentais em meio a sociedade brasileira. Portanto, medidas públicas são necessárias para que a realidade de Arthur volte ao ambiente ficcional.

Em primeira instância, nota-se que um dos fatores contribuintes para a perpetuação do impasse no país, é o descaso governamental em relação a portadores de doenças mentais. Sob a ótica que, a ausência de infraestrutura pública de apoio torna o tratamento adequado de tais doenças inacessíveis a maior parte da população de renda baixa, dessa forma, contribuindo para uma “elitização” da saúde mental. Esse contexto de inoperância das esferas de poder, exemplifica a teoria das instituições zumbis, criada pelo estudioso polonês Zygmunt Baumam, na qual afirma a existência das mesmas, no entanto não cumprem seus devidos papéis sociais. Portanto, é imperativo que haja mudanças no sistema de saúde pública para a completa refutação da teoria do filósofo polonês.

Ademais, paralelamente a negligência governamental, também percebe-se o preconceito no âmbito social. Em vista que, a ignorância da população em relação a veracidade de tais transtornos ainda é muito presente no meio nacional, onde ainda se sobrepõe a teoria dos “fortes” e “fracos” nos quais os últimos são os pertencentes a classe supracitada anteriormente, dessa forma, excluindo-os da plena participação no corpo social. Assim, este contexto entra em total contradição com o princípio da isonomia proposto pela constituição, o qual afirma que todos os cidadão devem ser tratados igualmente.

Logo, medidas públicas se fazem necessárias para reverter a atual situação. Para tal, é cabível ao governo federal juntamente ao Ministério da Saúde, por meio de projetos e lei, aumente os investimentos associados ao setor psiquiátrico nacional, com a finalidade de democratizar o devido tratamento às doenças mentais. Outrossim, é imperativo que o Ministério da educação, por meio da campanhas no âmbito escolar e público, conscientize a população sobre tal empasse, com isso, tornando o preconceito menos presente no meio nacional. Só assim, será possível a formação de uma sociedade mais democrática e distante da realidade mostrada pelo filme “Coringa”.