O esporte como ferramenta de inclusão social

Ronaldo Fenômeno, de origem da periferia, foi descoberto muito cedo e aos 17 anos já disputava sua primeira Copa do Mundo. Conquanto, casos como este são raros já que tal prerrogativa não tem se reverberado com ênfase, observando que o esporte como ferramenta de inclusão social e a universalização desse direito social tão importante é dificultada. Diante dessa perspectiva, faz se imperiosa a análise dos fatores que favorecem esse quadro.

Em primeira análise, deve se ressaltar a ausência de formações para professores e profissionais especializados para o desenvolvimento de projetos esportivos aliados a educação nas escolas, que ao serem implementados poderiam retirar jovens de situação de pobreza, criminalidade e evasão escolar. Essa conjuntura é violada pelo estado, segundo as ideias de Sócrates, que na Grécia antiga já afirmava, “as duas grandes habilidades necessárias ao desenvolvimento e formação do ser humano são a arte e o esporte.”, já que o estado não cumpre sua função de garantir aos cidadãos de direitos indispensáveis, o esporte como ferramenta de inclusão social, que infelizmente é pouco evidente no país.

Ademais, é fundamental apontar a ausência de investimentos para projetos e redução de patrocínios estatais para os mesmos. Segundo Leandro Carlos Mazzei, professor da Unicamp, “o ministério do esporte nunca teve orçamento capaz de cobrir todas as necessidades.” Logo é inadmissível que esse cenário continue a perpetuar.

Portanto, observa se a necessidade de combater tais obstáculos. Para isso a frente parlamentar do esporte (associação superpartidária de integrantes do poder legislativo que lutam por essa área), devem pressionar o poder legislativo para a criação de leis que garantam o acesso ao esporte nas escolas, por meio de protestos na câmara, a fim de ampliar o acesso ao esporte e reduzir a criminalidade e evasão escolar. Consolidando assim, uma sociedade mais próxima as ideias afirmadas por Sócrates.