O drama de crianças e adolescentes desaparecidos no Brasil

Durante a Ditadura Militar, pessoas foram mortas e seus corpos escondidos pelo regime acentuando a repressão e a angústia familiar. Diante disso, a atual desatenção a vulnerabilidade infanto-juvenil e a falta de manutenção em programas de segurança agravam o drama de crianças e adolescentes desaparecidos no Brasil. Nesse sentido, torna-se relevante analisar os efeitos do problema na sociedade.

A princípio, a negligência sociofamiliar a fácil persuasão de jovens e crianças desqualificam o teor humano da problemática. Segundo a ONG Mães da Sé, cerca de 40 mil menores de idade desaparecem anualmente no país, consequentemente, a ausência de uma maior mobilização social ocasiona o esquecimento dos casos. Dessa forma, a ocorrência de raptos e sequestros acaba sendo pré-determinada pelo perfil comportamental dos responsáveis.

Outrossim, o abandono do Estado na atualização de banco de dados compromete a resolução dos casos. De acordo com o pintor holandês Van Gogh, grandes ações são feitas por uma série de pequenos atos. Nessa perspectiva, é válido ressaltar que a má distribuição de câmeras de vigilâncias, policiais em zonas escolas e seguranças em espaços públicos alavancam a ação de criminosos. Logo, as falhas de medidas complementares acentuam a insegurança, pois, contrariam o viés de trabalho em equipe para a solução de problemas como dito pelo artista.

Faz–se necessário, portanto, medidas para atenuar o impasse. Para tanto, o Ministério da Educação deve propagar a temática, por meio da criação da Semana de atenção, explorando não só uma maior adesão de policiais fazendo rondas semanais em zonas escolares, como também o impacto informativo aos pais, esperando inibir a negligência social. Além disso, as Secretárias de Segurança Pública devem otimizar as buscas, por meio da adesão de novas contratações de profissionais, bancos de dados e filmagens online, a fim de amparar as resoluções. Assim, garantindo a proteção ao contrário da Ditadura.