O desafio de reduzir as desigualdades entres as regiões do Brasil

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O escritor inglês Thomas More, em sua obra “Utopia”, descreve uma sociedade perfeita, na qual o corpo social padroniza-se pela ausência de conflitos e problemas. No entanto, o que se observa no cenário atual é o oposto do ideal difundido pelo autor, visto que o Brasil depara-se com desafios para a redução da desigualdade regional em seu território. Nessa perspectiva, a omissão governamental e a vulnerabilidade social das regiões coadunam-se para o agravamento dessa problemática.

Sob esse viés, é lícito postular a passividade governamental no combate ao revés supracitado. Para entender essa lógica, alude-se ao princípio da redução das desigualdades regionais, o qual está previsto na Constituição Federal no artigo 170 como um dos objetivos da República Federativa do Brasil, sendo um dos princípios fundamentais, com caráter obrigatório. Ao analisar, por outro lado, na prática, nada é realizado para que tal artigo seja efetivo, ou seja, em virtude da má gestão política e territorial, o país em questão ainda têm necessidade de propostas eficazes que amenizem tais desproporções econômicas e sociais ao nível regional, o que, consequentemente, impede que esse problema seja devidamente solucionado.

Ademais, vale destacar que a vulnerabilidade social nas regiões brasileiras contribui para tal entrave. Essa perspectiva pode ser comprovada pelas palavras do político alemão Konrad Adenauer, ao afirmar que todos vivem sob o mesmo céu, mas nem todos sob o mesmo horizonte. A partir disso, é possível concluir que a precariedade do modo de vida de uma grande parcela da população dificulta que diversos brasileiros, principalmente os habitantes do Norte e Nordeste segundo uma pesquisa realizada pelo IBGE(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) de 2019, gozem de diretos básicos, como, por exemplo, o acesso ao bem-estar social. Logo, é inadmissível que essa realidade continue a perdurar.

Com o fito de mitigar esse entrave, portanto, o Poder Legislativo deve ampliar as fiscalizações e punições nos postos de gestão pública, a fim de combater ineficiência governamental. Além disso, sugere-se que o Governo Federal, com instância máxima da administração pública, crie um Plano Nacional de Integração Social, por intermédio da utilização de verbas públicas que será investido em serviços básicos como o tratamento e abastecimento de água e a distribuição e comercialização de medicamentos e alimentos, com o intuito de diminuir a vulnerabilidade nas regiões mais necessitadas. Assim, o Brasil deixará de ser uma utopia.

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4 Correções

  1. Não sou um perito em correção, mas uma dica que eu dou é tentar diminuir o tamanho de seu texto. No ENEM a redação é de no máximo trinta linhas, passando disso, é zero na certa. Temos também que escreverá a redação manuscrito, por consequente a letra será maior e passará muito mais da meta do ENEM.

    Eu gosto de treinar minhas redações manuscritas, colocando um máximo de 28 linhas para mim, isso me ajuda bastante.

    Espero ter ajudado!!

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  2. Sua redação está muito boa.

    Sem erros de concordância e com o uso de conectivos e marcas de autoria. Proposta de conclusão completa.

    Eu daria o conselho de nunca generalizar na redação, no primeiro desenvolvimento, quando você diz: ”Nada é realizado para que tal artigo seja efetivado” há uma generalização muito grande, porque a partir do momento que o corretor pensar em alguma ação do Estado que tenha contribuído, mesmo de forma pequena, para o cumprimento do artigo, o seu argumento é invalidado.

    Nota: 980

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  3. Bom texto, só que algumas medidas já são tomadas para amenizar a desigualdade regional, no texto você diz que nada é feito, cuidado com a generalização, o mais adequado seria dizer que as medidas devem ser intensificadas.

    Outra coisa, cuidado com o o uso do repertório:

    “Ademais, vale destacar que a vulnerabilidade social nas regiões brasileiras contribui para tal entrave. Essa perspectiva pode ser comprovada pelas palavras do político alemão Konrad Adenauer, ao afirmar que todos vivem sob o mesmo céu, mas nem todos sob o mesmo horizonte”

    Veja que as palavras do político não comprovam a realidade brasileira, a qual poderia ser melhor confirmada com dados estatísticos (como você corretamente citou depois).

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  4. Sua redação está ótima!! Com toda certeza chega próximo do 1000.

    Percebe-se que você conhece a estrutura e sabe escrever um texto dissertativo-argumentativo. Logo não vou me estender em relação a isso.

    Minha dica no caso seria você fazer uma conclusão do desenvolvimento retomando a ideia central de seus argumentos. Isso pode te ajudar a demonstrar um projeto de texto para o leitor.

    C1 – 200
    C2 – 200
    C3 – 180 (só pra te alertar sobre a minha dica, porque é possível que haja um corretor chato que desconte nota pelo projeto de texto)
    C4 – 200
    C5 – 200

    Nota: 980
    Parabéns pelo seu 1000 técnico! Espero que você possa alcançar seus objetivos ;)

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