Na obra, “Quarto de Despejo”, de 1960, Carolina de Jesus, denuncia a árdua vida nas comunidades pobres da cidade de São Paulo. Em seu relato, ela descreve a dor, o sofrimento e as angustias dos que moram em favelas e aglomerados de baixo valor comercial. Nesse viés, a crítica de Carolina – mesmo décadas após a obra ter sido escrita -, especialmente, na questão dos desafios das grandes cidades brasileiras para melhorar a qualidade de vida das pessoas, ainda é válida. A partir desse contexto emblemático, é indispensável analisar como propulsores de tal cenário, não só a falta de planejamento urbano, como também a negligencia do estado.
Em primeira instância, é possível preconizar que a carência de logística na organização das cidades do Brasil, atrasa o desenvolvimento social. Isso ocorre, pois, desde a década de 1950, com a Urbanização acelerada, consequência da “política desenvolvimentista” do governo Juscelino Kubitscheck, os centros brasilenses foram mal estruturados para receber um grande fluxo migratório de pessoas. A datar disso, como efeito, o país por não ser sistematizado para todos, vive uma segregação socioespacial, com um grupo detentor de maiores condições econômicas ocupando e se expandindo pelos centros, enquanto que, os menos abastados vivem em regiões periféricas, em péssimas situações de vida. Desse modo, é nítido que as mudanças estruturais e urbanas em solo tupiniquim têm que começar com a elaboração de um planejamento integrador e eficiente.
Outrossim, a inercia estatal promove o agravo do impasse. A cerca disso, pode-se traçar um paralelo com as ideias do sociólogo Max Weber, para quem “o Estado, como possuidor do monopólio da justiça e da equidade, deve garantir o bem estar social”. No entanto, percebe-se uma lenta ação estatal na integração e oferta de cidades sustentáveis, que proporcione moradia, lazer e cultura à todas as pessoas como prevê o “Estatuto da Cidade”, aprovado em 2001, o que, consequentemente, facilita o aumento progressivo do número de favelas no Brasil. Nessa premissa, corroborando com a máxima de Weber, é urgente a necessidade de o Estado agir para integração de comunidades e municípios como o representado no filme Bacurau, que vivem completamente à margem do governo, não sendo se quer registrado nos serviços de geolocalização.
Mediante ao exposto, é notório que medidas são exequíveis para minorar os desafios enfrentados pelas cidades do Brasil na promoção de qualidade de vida à população. Para isso, cabe ao Governo em parceria com o Ministério de Planejamento, orçamento e gestão, destinar verbas aos municípios brasileiros, para que, por meio de projetos como Cidade Integrada sejam implantados e aconteçam intervenções urbanísticas e sociais nessas áreas de periferia. Tudo isso, com a finalidade de garantir um espaço urbano em que a população tenha acesso à moradia, cultura, lazer e viva bem, distanciando-se assim, da triste realidade descrita por Carolina.
Gabs1003
A sua estrutura está muito boa, mas acho que você deve prestar mais atenção na pontuação, no youtube tem diversos vídeos ensinando a usar a vírgula. No segundo parágrafo ficou um pouco sem sentido mencionar o filme Bacurau. A sua proposta de intervenção pode ser mais desenvolvida, podia também ter retomado seu repertório da introdução.
Rodrigo Frota
Na obra, “Quarto de Despejo”, de 1960, Carolina de Jesus,(1)denuncia a árdua vida nas comunidades pobres da cidade de São Paulo. Em seu relato, ela descreve a dor, o sofrimento e as angustias dos que moram em favelas e aglomerados de baixo valor comercial. Nesse viés, a crítica de Carolina – mesmo décadas após a obra ter sido escrita -, especialmente, na questão dos desafios das grandes cidades brasileiras para melhorar a qualidade de vida das pessoas, ainda é válida. A partir desse contexto emblemático, é indispensável analisar como propulsores de tal cenário, não só a falta de planejamento urbano, como também a negligencia do estado.
(1) sujeito e verbo.” Carolina de Jesus denuncia a árdua”
Em primeira instância, é possível preconizar que a carência de logística na organização das cidades do Brasil,(1) atrasa o desenvolvimento social. Isso ocorre, pois, desde a década de 1950, com a Urbanização acelerada, consequência da “política desenvolvimentista” do governo Juscelino Kubitscheck, os centros brasilenses foram mal estruturados para receber um grande fluxo migratório de pessoas. A datar disso, como efeito, o país por não ser sistematizado para todos, vive uma segregação socioespacial, com um grupo detentor de maiores condições econômicas ocupando e se expandindo pelos centros, enquanto que, os menos abastados vivem em regiões periféricas, em péssimas situações de vida. Desse modo, é nítido que as mudanças estruturais e urbanas em solo tupiniquim têm que começar com a elaboração de um planejamento integrador e eficiente.
(1) vírgula irregular, sujeito + verbo. ” a carência de logística … atrasa o desenvolvimento
Outrossim, a inercia estatal promove o agravo do impasse. A cerca disso, pode-se traçar um paralelo com as ideias do sociólogo Max Weber, para quem “o Estado, como possuidor do monopólio da justiça e da equidade, deve garantir o bem estar social”. No entanto, percebe-se uma lenta ação estatal na(1) integração e oferta de cidades sustentáveis, que proporcione moradia, lazer e cultura à(a) todas as pessoas como prevê o “Estatuto da Cidade”, aprovado em 2001, o que, consequentemente, facilita o aumento progressivo do número de favelas no Brasil. Nessa premissa, corroborando com a máxima de Weber, é urgente a necessidade de o Estado agir para integração de comunidades e (de) municípios (2)como o representado no filme Bacurau, que vivem completamente à margem do governo, não sendo se quer registrado nos serviços de geolocalização.
(1) paralelismo. ” na integração e na oferta
(2) É necessario o Estado integrar comunidade e municío como em Bacurau?
Creio as ideias do texto estão boas, e com boa sequencia lógica. Mas acho que você pecou com pontuação, e não organizou tão bem os termos subordinados.
meugeniaxv
Oi! Tudo bem? Não sou profissional, mas procurarei corrigir tua redação da melhor forma que consigo.
C1 (160 pontos) – Você sabe construir e organizar bem seus períodos e isso é muito notório, por isso que tua estrutura sintática está ótima. Só pude identificar alguns erros quanto ao uso da vírgula e quanto à acentuação (mas não sei se essa parte foi por causa da digitação), e como foram mais de 2, classifiquei desse jeito. A competência 1 é péssima para fechar porque exige uma observação minuciosa, mas acho que às vezes o clichê é válido: a prática leva à perfeição… ou pelo menos irá te deixar mais treinado nesse foco repleto de detalhes, então reforçar o conteúdo que erramos é sempre válido.
C2 (200 pontos) – Excelente disponibilidade de repertórios e uso pertinente. Cada um dos teus repertórios deram uma força enorme à produção e, além disso, é evidente que você tem conhecimento da estrutura do gênero textual exigido.
C3 (200 pontos) – Argumentos muito sólidos, construídos de forma organizada e com a presença do projeto de texto estratégico. Cada ponto foi discutido, e os detalhamentos e justificativas das tuas escolhas argumentativas também estão presentes, então não teria como ser outra pontuação aqui. Você cumpriu todos os requisitos, meus parabéns!
C4 (200 pontos) – Teu uso de conectivos foi impecável e não identifiquei nenhuma repetição. Cada parte do texto se liga de uma forma excelente. Muito bom!
C5 (160/200 pontos) – Todos os agentes estão presentes na tua proposta de intervenção. Contudo, a excelência da competência 5 é atingida quando conseguimos resolver todos os problemas debatidos e quando damos detalhamento à conclusão. O que eu pude perceber é que dava para detalhar mais um pouco e deixar a solução mais clara ao voltar a citar brevemente os problemas, mas em uma perspectiva de resolução direta deles, entende? É um pouco difícil resolver dois problemas em uma só proposta, mas como tuas escolhas de problemática conectam-se, teria a possibilidade de falar que a proposta de intervenção faria com que o governo tivesse um afastamento da inércia e consertaria a má gestão de planejamento, por exemplo. Isso já garantiria um pouco mais de detalhe e junção e evitaria que você perdesse algum tipo de ponto nessa competência. Inclusive, tua finalização foi excelente ao conectar com a introdução.
Tua nota facilmente ficaria entre 920 e 960 na minha opinião, levando em conta isso que eu acabei de falar, então teu desempenho foi maravilhoso! E isso só comprova que você escreveu bem demais.