O desafio brasileiro de manter na escola o jovem do ensino médio

A Constituição Federal de 1988 – documento jurídico mais importante do país – prevê em seu artigo 6º, o direito a educação a todo cidadão brasileiro. Entretanto, tal prerrogativa não é plenamente seguida, já que cada vez mais os jovens estão deixando o ensino médio antes da conclusão. Diante dessa perspectiva e notável que problemas relacionados a economia tanto familiar quanto do sistema público são fatores que favorecem esse quadro.

Em uma primeira análise, a necessidade de possuir um emprego para ajudar a família e o principal motivo para a evasão escolar. Apesar de existir programas que ofereçam auxilio econômico, como bolsa família, não é suficiente. Tal conjuntura, segundo as ideias do filósofo contratualista John Locke, configura-se como uma violação do “contrato social”, já que o estado não cumpre sua função fazendo com que os jovens tenham que deixar a escola para ajudar no sustento familiar.

Ademais, é fundamental apontar a falta de verba do sistema público como impulsionador do problema no Brasil. Segundo José Paulo da Rosa, doutor em Educação Física pela PUC-RS, 80% dos custos das escolas coreanas são custeadas pelo governo. Infelizmente, não sendo uma realidade brasileira já que com a falta de verbas destinas as escolas, geram consequentemente falta de dinheiro para pagar os professores e manter a infraestrutura das escolas, gerando um “desanimo” por parte dos estudantes e os desmotivando a permanecerem nas escolas.

Portanto, medidas são necessárias para resolvermos o impasse. Para isso, é imprescindível que o Ministério da Economia aumente a verba dos auxílios governamentais, e o Ministério da Educação convoquem os pais e os informem as consequências da falta de investimento no ensino, por meio, de palestras e assim consolidará uma sociedade mais educada, onde o Estado desempenha corretamente seu “contrato social”, tal como afirma John Locke.