o crime é julgado preto e favelado.

No livro quarto de despejo de Carolina de Jesus, a favela é retratada pela protagonista como um comôdo velho que restou da cidade, onde todo lixo é jogado e as pessoas são marginalizadas. Fora da literatura, a realidade é a mesma, o crime é julgado preto e favelado.
É notório que a base da educação é essencial para a formação do índividuo em sociedade, mas na realidade das comunidades brasileiras o acesso a informação é restrito, visto que 30% da população não possui acesso aos meios de comunicação segundo a pesquisa do site G1 e esse número é concentrado nas periferias brasileiras, nas quais 76% dos moradores são negros.
Além disso, a falta de oportunidade no mercado de trabalho acontece por meio do preconceito social e racial que dificulta o desenvolvimento do cidadão periférico que cresce sendo marginalizado por sua origem e identidade.
Isso ocorre por conceitos impregnados na sociedade que se estendem desde o tempo da colonização da América em 1444, onde negros foram escravizados e marginalizados, até hoje onde são julgados mesmo após a abolição das práticas anti-humanistas por meio da Lei Áurea.
É evidente que Carolina de Jesus contextualizou seu livro de acordo com sua própria vivência e com a realidade de milhares de brasileiros que acabam buscando como alternativa para sustento e crescimento o crime. Fazendo com que assim, seus sucessores tenham o mesmo destino e a sociedade propague repulsão as classes menos favorecidas em um ciclo vicioso.
Para resolver esse impasse, o governo federal em conjunto com os orgãos municipais e estaduais investirão na criação de novas unidades de ensino em cidades de maior precariedade visando atender os cidadãos com significativa carência socioeconômica. E também, farão cartazes para divulgar em veículos de mídias a importância da inclusão social para que exista uma equidade, trazendo assim resultados positivos posto que o maior problema enfrentado é a falta de caminhos que leva o índividuo ao crime.