O Combate ao Tráfico de Pessoas no Brasil.

A escravidão como fortificante da economia capitalista na contemporaneidade, trouxe na busca pela maior rentabilidade, vidas ceifadas e exploradas, demonstrando ao mundo a usurpação da vida humana por outrem. Neste contexto, o tráfico de pessoas defendido no Brasil por sua relação com o disque 100, por onde são realizadas suas denúncias, demonstram a involução humana em relação a perpetuação desse cenário, seguramente pela ineficaz mobilização social atrelada à sua má prevenção. 

Por definição, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), cita que o tráfico de pessoas seria a retirada do indivíduo de seu ambiente juntamente com o cerceamento da liberdade. Descritivamente, o ferimento ao direito humano intrínseco a todos, a liberdade, é sem dúvida afastada, impondo atividades compulsórias em prol da vida. No Brasil, o papel de fiscalização cabe à Polícia Federal, onde por meio de seus agentes, realizam a operação na busca por situações onde ocorram denúncias ou suspeitas. 

Juntamente ao cenário de órgãos governamentais, segundo dados do Ministério da Justiça, desde 2000, já ocorreram quase 2 mil casos. Entretanto, lidar com vidas humanas não é unicamente agir quando o caos da situação já está em evidência, com o intuito de concretizar reações realmente efetivas, analogamente à doenças, a prevenção é necessária. Tal como o filósofo Foucault defende para a resolução de problemáticas, acerca da necessidade da participação de todos. 

Em suma, a problemática gerada vai bem além da busca pela resolução de um problema já formado, ela está em garantir que isso não ocorra. Portanto, visando esclarecer sobre riscos e possíveis tentativas, convém à busca pela mobilização social, trazendo a atores e artistas a responsabilidade de expor ao seu público situações de risco, e em como denunciar. Ademais, especializações e cursos aos policiais são essenciais, para que estes evoluam sua preparação em mais conhecimento a crimes desse tipo. Trazendo assim, mais atores à defesa contra esse crime.