O combate ao desperdício alimentar no Brasil

Consoante o ativista Mahatma Gandhi ¨O futuro dependerá daquilo que fazemos no presente¨. Sob essa óptica, é possível estimar um agravamento na situação que tange o desperdício de alimentos, em razão da sociedade atual, que parece pouco se preocupar em mudar a realidade de tal entrave. Nesse contexto, é possível relacionar como causa do problema exporto tanto a insuficiência legislativa, tanto a desigualdade econômica.
Em primeira análise, é válido frisar a insuficiência legislativa como agravante da questão em destaque. A constituição Federal de 1988, em seu sexto artigo, prevê a alimentação como direito civil. Porém, tal diretriz não condiz com a realidade, visto que, segundo a Organização das Nações Unidas, 3,4 milhões de brasileiros passam por insegurança alimentar. Nesse contexto, tais dados, infelizmente, são reflexo de uma constituição pouco eficiente e carente de políticas públicas que solucionam essa necessidade.
Outrossim, é indubitável que a desigualdade econômica afeta a garantia de direitos básicos por parte de parcelas da população. Segundo o pensador inglês Adam Smith ¨Onde há grande propriedade há grande desigualdade¨. Nesse sentido, nas camadas da elite brasileira, é cultural armazenar grandes quantidades de alimentos, uma vez que essa prática é considerada condição de ¨status¨. Mas, tais ações, além de potencializar o desperdício alimentício, colabora com a mercantilização do alimento, e impede seu total acesso ás camadas populares da sociedade.
Portanto, faz-se necessário a adoção de medidas que combatam a problemática supracitada. Logo, cabe ao Poder Legislativo-Como
orgão responsável pela manutenção das leis nacionais-, por meio de parcerias com a rede privada, elaborar um projeto de lei que intensifique a fiscalização dos alimentos, visando mitigar seu desperdício, e por consequência, democratizar seu acesso a todos.